Sem dúvida alguma que a violência é chocante: mas corolários de assassinatos publicados três dias consecutivos nas primeiras páginas do Correio Braziliense, é de estarrecer e meter medo em qualquer valentão. Eis as manchetes, por ordem de edição: \”Aluno da UnB morre após ser esfaqueado em assalto\”, \”Morte expõe falta de segurança no centro do poder em Brasília\”, \”Vizinho mata pai e filho no condomínio\”.
No primeiro caso, a vítima foi Arlon Fernando da Silva, 29, doutorando em Física, que veio de Curitiba para tirar seu diploma na UnB, e que morreu esfaqueado quando trafegava em sua bicicleta em pleno Eixo Monumental, na noite de quinta-feira, 7. Depois de atacá-lo a facadas, o assaltante fugiu montado no veículo que acabara de roubar, sem deixar qualquer pista à polícia que continua às escuras, tal qual o trecho mal iluminado da ciclovia onde ocorreu o assassinato.
No que se refere à segunda manchete, caracterizando a insegurança da população, moradores e comerciantes das imediações onde o estudante da UnB foi morto por causa de uma bicicleta reclamam da rotina de assaltos no SIG e no Sudoeste. Ceilândia e Taguatinga também não dormem, com receio dos bandidos.
Quanto à manchete sobre a briga de vizinhos, o fato ocorreu entre dois moradores dos lotes 21 e 23 do Condomínio Estância Quintas da Alvorada. E o mais surpreendente foi o móvel do crime, simplesmente uma lixeira coletiva.
O que poderia ser apenas desentendimento terminou com duas mortes: Anderson Ferreira de Aguiar, 49, e Rafael Macedo de Aguiar, 21, pai e filho, foram alvejados por sete tiros de pistola, disparados por Roney Ramalho, 43. Felizmente, o assassino foi preso quando se encontrava num bar das proximidades.
Mais uma vez, volto ao assunto: se a pena de morte existisse no Brasil – a exemplo dos Estados Unidos, país democrático em que 33 dos 50 Estados, incluindo Nova York, têm pena capital. E como perguntar faz parte da profissão de repórter, insisto: é possível acabar com assassinatos a céu aberto? Afirmo que sim, caso haja leis de forca ou cadeira elétrica.
E dou exemplo histórico: o então prefeito de NY, Rudolf Giuliane, 1994/2002, pulverizou a criminalidade nas ruas da maior cidade do mundo simplesmente com a campanha Tolerância Zero, do que, aliás, Brasília está precisando, urgentemente!