Na edição 283, de 29 de outubro de 2016, o Brasília Capital antecipou que a direita de Brasília se organizava para voltar ao poder e que o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Valmir Campelo Bezerra, seria um dos possíveis candidatos ao Palácio do Buriti em 2018. A informação foi apurada durante a posse de Alírio Neto na presidência do PTB-DF e publicada sob o título Até que os interesses pessoais os separem.
O evento foi prestigiado por políticos de vários partidos. Entre eles, os ex-vice-governadores Paulo Octavio (PP) e Tadeu Filippelli (PMDB), os deputados Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB), os ex-deputados Jofran Frejat (PR) e Eliana Pedrosa (PPS) e o atual presidente da Câmara Legislativa Joe Vale (PDT). A cerimônia foi comandada pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jeferson, delator do Mensalão do PT.
Cristovam e Celina comemoram
Ao confirmar o retorno à vida pública, em entrevista ao Correio Braziliense, Valmir Campelo também anunciou que se filiará ao PPS. A decisão foi comemorada por dois de seus novos correligionários – o senador Cristovam Buarque, com quem Valmir concorreu ao GDF em 1994 – ele pelo PTB e Buarque pelo PT – e a deputada distrital Celina Leão.
“Antes da eleição de 2014, convidei Valmir a voltar à vida pública. Tivemos várias conversas e estou feliz por ele ter tomado a decisão. E mais ainda pela escolha do PPS, meu atual partido”, afirma Cristovam. Segundo ele, da disputa de 94 “não ficou a menor mágoa”.
O senador evita confirmar que o PPS tem chapa pronta para a disputa majoritária, com Campelo para o GDF e ele próprio buscando a reeleição para o Senado. “Valmir é vocacionado para a política e tem um passado limpo. A vinda dele para nosso partido será muito boa para Brasília, sobretudo neste momento conturbado pelo qual passamos”.
Celina Leão aposta que o PPS será o grande diferencial na campanha do próximo ano. “O partido passa a ter a projeção de dois grandes nomes para a disputa majoritária. São homens que enobrecem e fortalecem nossas fileiras”, disse a ex-presidente da Câmara Legislativa.
Tanto Cristovam quanto Celina negam que exista algum tipo de acordo com outras legendas visando a formação de uma coligação. “Ainda é muito cedo para definições. Estamos conversando com todos. Mas temos certeza de que faremos a diferença. O futuro de Brasília passará pelo PPS”, encerra ela.
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