Caroline Romeiro (*)
O Brasil celebrou, recentemente, uma conquista histórica: o País foi removido do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Segundo o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025”, o país reduziu para menos de 2,5% a porcentagem de sua população em situação de subnutrição, atingindo a meta inicialmente prevista para 2026 em apenas dois anos.
A melhoria reflete uma significativa transformação no cenário da insegurança alimentar no Brasil, que em 2022 enfrentava um período crítico com mais de 33 milhões de brasileiros em situação de fome.
Essa mudança positiva é resultado de políticas públicas eficazes implementadas pelo governo federal, como o Plano Brasil Sem Fome, que integra ações de transferência de renda, apoio à agricultura familiar e fortalecimento da alimentação escolar.
Programas como o Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) desempenharam papéis fundamentais na redução da pobreza extrema e na promoção da segurança alimentar. Além disso, o incentivo à geração de emprego e renda contribuiu para a melhoria das condições de vida da população.
INDICADORES – O impacto dessas políticas é evidente nos indicadores sociais: a pobreza extrema caiu para 4,4% em 2023, a menor taxa já registrada no país. A taxa de desemprego recuou para 6,6% em 2024, e a renda domiciliar per capita atingiu R$ 2.020, estabelecendo um novo recorde.
Além disso, a criação de 1,7 milhão de vagas com carteira assinada em 2024, das quais 98,8% foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), demonstra o sucesso das políticas de inclusão social e geração de emprego.
Tal conquista não apenas representa um avanço significativo na luta contra a fome no Brasil, mas também posiciona o país como exemplo de boas práticas para outras nações.
A criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil durante sua presidência do G20, visa compartilhar experiências e fortalecer a cooperação internacional para erradicar a fome e a pobreza até 2030.
Com políticas públicas robustas e compromisso com a população, o Brasil tem demonstrado que é possível alcançar a segurança alimentar e nutricional, promovendo um futuro mais justo e solidário para todos.
(*) Mestre em Nutrição Humana e doutoranda em Ciências da Saúde
Instagram: @carolromeiro_nutricionista