Os brasileiros deveriam, em todos os níveis, discutir as razões da crise de valores que estamos atravessando. Independentemente das falhas de estrutura, fiscalização e controle governamentais, há uma crise espiritual denotando falha grave na educação dos filhos.
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Sem a crença na continuidade da vida, há uma visão e uma conduta apenas materiais. Com a visão espiritual, acredita-se que viemos para a Terra em missão. Neste caso, educa-se os filhos para serem colaboradores da construção do país, cada um com suas capacidades.
O símbolo da cruz, com sua haste vertical indicando Lei de Progresso, e a horizontal simbolizando Lei de Solidariedade, deveria ser apresentado e comentado desde cedo com os filhos. Deste entendimento surge naturalmente a noção de honestidade, responsabilidade, consciência e alegria pelo dever bem cumprido.
Com a visão material, resta apenas a frustração no final da vida. Acumula-se riquezas que vão ficar. E então, que satisfação íntima resulta disso tudo? O Mestre Chico Xavier, no final da vida, afirmava que era feliz, que via mais beleza numa folha de planta do que numa poesia do famoso poeta inglês.
E o que dizer de Gandhi? Recusando-se assumir o poder e dividindo-o entre um Indu e um Muçulmano? E Mandela? Sai da cadeia após 22 anos e nomeia um general branco para comandar as Forças Armadas Sul Africanas?
Exemplos de grandeza e generosidade daqueles que se guiam por um ideal espiritual, dos que sabem que a vida continua e que é preciso voltar para prestar contas a quem os enviou.
Não surgimos do nada. Fomos enviados \”como ovelhas no meio de lobos\”, como ensinou Jesus. E que é preciso a \”simplicidade das pombas com a prudência das serpentes\”, juntamente com dia presente: \”a cada dia basta o seu trabalho\”.