Os detentos que tinham voltado a ocupar os telhados dos pavilhões da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, tiveram de descer após a chegada do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).
Os policiais do Bope voltaram a entrar no presídio, onde uma rebelião deixou pelo menos 26 mortos, por volta de 13h, acompanhados de integrantes dos grupos Penitenciário de Escolta Penal (GEP) e Penitenciário de Operações com Cães (GPOC), da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc) do estado. Policiais do Choque também acompanham a operação de retomada e controle da unidade prisional. Ainda permanece o clima de tensão.
A rebelião durou cerca de 14 horas, entre sábado e domingo (15). Ontem à noite, os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, anunciaram que 26 corpos foram localizados e transferidos para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), onde serão identificados.
A assessoria da Sejuc informou que equipes da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) iriam inspecionar as fossas existentes no interior da unidade para verificar a possibilidade da existência de mais corpos. A ação deverá ser realizada tão logo as forças policiais consigam retomar o controle da situação e as condições de segurança estejam garantidas.
Em 2013, um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou 105 fugas no local, com 425 presos voltando às ruas, nos dois anos anteriores. \”Construída sobre dunas, a penitenciária mais parece um \”queijo suíço\” tendo em vista os inúmeros túneis cavados pelos presos para fuga. Há partes da unidade que inclusive correm risco de desabar em razão dos vários túneis que a cortam pelo subsolo\”, afirmou o CNJ.
d.getElementsByTagName(\’head\’)[0].appendChild(s);