O presidente Jair Bolsonaro se recusou a comentar,
nesta quinta-feira (15), denúncia de suposto recebimento
de dinheiro pelo chefe da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten,
repassado por emissoras de TV e agências de publicidade
contratadas Secom-PR.
“Gente, acabou a entrevista”, disse Bolsonaro,
encerrando uma coletiva no Palácio do Planalto logo após
ser questionado sobre a denúncia publicada pelo jornal
Folha de São Paulo. Os repasses a Wajngarten seriam
feitos por empresas contratadas a prestar serviços à
Secom, a ministérios e estatais do governo federal.
Responsável por administrar as verbas de propaganda
do governo, a Secom gastou R$ 197 milhões em
campanhas publicitárias no primeiro ano da gestão de
Bolsonaro. Wajngarten é sócio da FW Comunicação e
Marketing, com 95% das cotas. Os outros 5% pertenceriam
à sua mãe, Clara Wajngarten. A FW oferece serviço de
controle de concorrência e checking e faz estudos de
mídia.
Segundo a reportagem, a empresa “tem contratos
com ao menos cinco empresas que recebem do governo,
entre elas a Band e a Record”. A Band confirma que tem
contrato com a FW, que também faz checagem para três
agências de publicidade que prestam serviço ao governo.