A educação pública fez sucesso no carnaval deste ano em todo o País. Se, em São Paulo, a Escola de Samba Águia de Ouro consagrou-se campeã com uma homenagem ao educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira, nas demais unidades da Federação o sucesso ficou por conta do lançamento do Bloco da Educação.
Criado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Bloco da Educação saiu às ruas, pela primeira vez, em todo o País, para protestar e denunciar os ataques à educação pública e gratuita. No Distrito Federal, o bloco participou do evento, também lançado neste carnaval, denominado Bloco da Balbúrdia.
O Bloco da Balbúrdia, por sua vez, reuniu integrantes dos movimentos sindical, estudantil, docente e social numa proposta nova: A de protestar com alegria. O evento lotou, no sábado (22/2), o Canteiro Central. Com o abadá do Bloco da Educação, centenas de foliões dançaram, cantaram, protestaram e denunciaram os desmandos na educação por meio de marchinhas e músicas apresentadas por DJs, pelas Escolas de Samba Aruc e Acadêmicos da Asa Norte. A festa carnavalesca contou também com a apresentação de grupos musicais, como o 7 na Roda e os DJs Mamacita e Paula Torelly.
Balbúrdia – Se nas universidades a palavra “balbúrdia” foi ressignificada para desmentir o discurso do ministro da Educação, Abraham Weintraumb, e do Presidente da República, mostrando a força da produção acadêmica e da pesquisa de ponta desenvolvidas nas universidades públicas brasileiras, bem como o valor da educação pública e gratuita do ensino básico, no carnaval a “balbúrdia” veio para denunciar os ataques do governo Bolsonaro à educação.
Professores e estudantes transformaram o conceito da palavra “balbúrdia” em objeto de protesto na folia de 2020. Com um imenso boneco de Paulo Freire, o Bloco da Educação, que saiu dentro do Bloco da Balbúrdia, lotou o Canteiro Central no sábado de carnaval e teve até apresentação de duas marchinhas próprias.