A poeira levantada com a saída do presidente Jair Bolsonaro não assenta no PSL. Em crise, o partido perde mais um político de linha de frente. Agora o problema é com a deputada federal Bia Kicis (DF). Ela foi expulsa pelo presidente da sigla, Luciano Bívar, e ficou sabendo da sua exclusão pela imprensa.
Bívar a acusou de infidelidade partidária porque a parlamentar defendeu a criação da Aliança pelo Brasil, nova legenda criada pelo Presidente da República. Bia disse que não foi notificada e, por isso, a decisão não tem validade. “Não é possível expulsar alguém sem o devido processo legal”, afirma. Para Bia, a medida parece ser uma manobra para evitar que a bancada do PSL derrube a deputada Joice Hasselmann (SP) da liderança do partido e substituí-la por Eduardo Bolsonaro (SP).
Sobre a lealdade, ela declarou, nas redes sociais, que não deve fidelidade ao PSL porque não foi eleita pela legenda e que chegou à Câmara dos Deputados pelo PRP, sigla que não atingiu a cláusula de barreira e foi extinta. Por isso ela migrou para o PSL a convite do presidente Jair Bolsonaro. “Apesar de não ter dever de fidelidade, sou leal ao partido que me acolheu. Não falo mal do PSL”, afirma Bia. E afirmou que alguns integrantes do PSL agem com totalitarismo.