O Banco Central cortou a previsão de crescimento para este ano de 2% para 1,6%. De acordo com o relatório trimestral de inflação, a autoridade monetária ainda revisou a projeção para a inflação oficial (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA) de 6,1% para 6,4% neste ano.
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Segundo a pesquisa semanal que o próprio BC faz com analistas do mercado financeiro, as apostas dos economistas para o IPCA estão em 6,46% neste ano. Está encostada no teto da meta estipulada pelo governo de 6,5%. E ainda há a expectativa que ela rompa esse limite, mas volte a se acomodar dentro da margem de tolerância antes do fim do ano.
A projeção dos especialistas do BC para o crescimento deste ano está em queda livre há quatro semanas. Há um mês, a expectativa era que o Brasil crescesse 1,63% neste ano. Agora, é apenas 1,16% de expansão da atividade econômica em 2014.
O Banco Central tem se mostrado mais preocupado com o crescimento econômico. Tanto que parou de subir os juros em maio para não sacrificar a economia. O Comitê de Politica Monetária interrompeu o mais longo ciclo de aperto monetário da sua história e deixou a taxa básica (Selic) em 11% ao ano.
No entanto, essa decisão foi tomada num momento de resistência da inflação. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 6,37% por causa de choque de preços de alimentos por fatores climáticos e por uma forte pressão no setor de serviços.