O Banco do Brasil fechará 402 agências – 20 delas no Distrito Federal – no decorrer de 2017. Na “reorganização institucional” haverá a transformação de 379 agências em postos de serviço – quatro no DF −, plano extraordinário de aposentadoria incentivada e o encerramento de atividades em 31 superintendências em diversos municípios. A meta é dispensar até 18 mil funcionários, em troca de benefícios, e economizar R$ 3,8 bilhões.
Os críticos da reestruturação ressaltam que a instituição tem importante “função social” a desempenhar no País, especialmente em cidades do interior. Sindicalistas criticam, inclusive, a forma de anúncio das alterações na estrutura do banco, por intermédio da imprensa.
Desespero – “Apesar do lucro de R$ 7 bilhões até agora no ano (primeiros nove meses de 2016), o plano anunciado pelo BB, sob a tutela do governo golpista de Temer, reduz o papel social da instituição, enfraquecendo sua presença nas cidades brasileiras, reduzindo sua influência e atuação como banco público na sociedade”, protesta Rafael Zanon, diretor do Sindicato dos Bancários do DF e assessor da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas negociações.
O coordenador da Comissão de Empresa do BB, Wagner Nascimento, pondera: “Precisamos que a empresa tenha sensibilidade de tratar com renda das famílias. Já temos casos de funcionários desesperados no interior do País por ter mudado de cidade em processo seletivo e agora recebeu a notícia que o cargo vai ser extinto.”
Wagner Nascimento diz que “o banco prejudica a população, com a piora do atendimento”. Segunda-feira (21), o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, reafirmou que não serão fechadas agências nos municípios em que o BB é a única instituição bancária e ressaltou que a instituição não abandonará nenhuma cidade onde já atua.
“Não é demissão” – Paulo Caffarelli também faz ressalva sobre a dispensa de 18 mil funcionários. “Não é demissão. A adesão ao plano é totalmente voluntária”, interpreta.O período de adesão ao plano irá até 9 de dezembro. Depois disso, o banco vai divulgar o impacto financeiro do plano.
Entre as medidas, há redução de jornada de 8 para 6 horas diárias a 6 mil assessores da direção geral e superintendências, com objetivo de diminuir em 16,25 por cento o salário médio. Simultaneamente, o BB pretende abrir 255 unidades de atendimento digital em 2017. Com isso, o banco espera elevar dos atuais 1,3 milhão para 4 milhões o número de clientes atendidos por esse canal até o fim de 2017.
Demissões na CEF
A Caixa Econômica Federal também terá um plano de reestruturação que prevê avaliação de, aproximadamente, 100 agências. E pode haver Plano de Demissão Voluntária (PDV) em 2017. Para realçar que a medida não é tão profunda, o presidente da CEF, Gilberto Occhi, lembra que é uma centena num universo de 3,7 mil estabelecimentos espalhados pelo País.
Embora ele tenha dito que “os empregos serão preservados e pessoas serão convidadas a mudar de cidade para outras agências”, Occhi acabou admitindo que a instituição estuda adoção de um PDV. Também afirma que “não há uma intenção de fechar agências”, mas contrapõe acrescentando que a situação onde houver prejuízo precisa ser revista.
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