Os bancários, que estiveram na linha de frente desde os primeiros momentos da crise sanitária, não contam com números oficiais. Vanessa Sobreira Pereira, diretora de Saúde do Sindicato dos Bancários do DF, informa que não há dados oficiais dos governos, tão pouco transparência dos números pelos bancos.
A entidade, todavia, busca mecanismos para monitorar a situação dos trabalhadores em bancos. Esse número é construído a partir de informações advindas dos bancários que reportam ao Sindicato. Por esta metodologia e outros cruzamentos de informação ototal de casos conhecidos no DF chega a 188 contaminados nas diversas instituições de crédito.
Quando tem caso suspeito, as agências são fechadas e limpas. “Temos tido muitas dificuldades para fazer os bancos adotarem assistência. Reivindicamos que as instituições fornecessem máscaras, face shield e álcool em gel, nem sempre disponíveis. Estão medindo a temperatura na porta”, afirma Vanessa.
Comitê de crise – O presidente da entidade, Kleytton Guimarães Morais, diz que a categoria é uma das que mais tem sofrido com a pandemia e destaca a importância da transparência da informação, enquanto elemento de suma importância para vencer a pandemia.
“A gente já buscou autoridades propondo a criação de um comitê de crise do sistema financeiro onde fosse possível transparência e monitoramento diário da situação e que, inclusive, contemplasse, além dos bancários, outras categorias de trabalhadores em bancos, a exemplo dos vigilantes, tecnólogos, copa, recepção. O governador Ibaneis Rocha topou, mas não emplacou”.
Ele afirma que os bancários têm se mantido numa luta contínua com os gestores públicos e dos bancos para manter os protocolos conquistados pela categoria. “Se há casos positivo ou suspeita para covid-19, sustentamos a obrigatoriedade da testagem e isolamento dos trabalhadores, inclusive com base nas recomendações das autoridades competentes”
Segundo Kleytton Morais, oprotocolo assegura fechamento da agência e sanitização do ambiente. “Contudo, ainda encontramos dificuldades no cumprimento dessas medidas por alguns bancos, sobretudo quando envolve trabalhadores terceirizados. Reforçamos nosso compromisso com a defesa da vida e atuaremos em conjunto e solidariamente com as demais categorias”, conclui.