Contra o descaso do Governo do Distrito Federal com a educação e seus profissionais, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), em campanha salarial 2023 do magistério público, aprovou, em assembleia geral realizada na quarta-feira (26), o início de uma greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 4 de maio. O Sindicato dos Bancários de Brasília se solidariza com a categoria e dá total apoio à luta dos professores, única saída para o cenário de desvalorização e indiferença.
“A situação suportada pelas professoras e pelos professores do DF passa de absurda. O desrespeito e completo abandono do governo Ibaneis condena a categoria a amargar uma corrosão no seu poder de compra, segundo o Dieese, a menos da metade do que era em setembro de 2014, quando foi aplicada a segunda parcela do reajuste à época negociada com o GDF, já que as perdas inflacionárias acumuladas no período de setembro de 2014 a março de 2022 correspondem a 59,15% pelo IPCA/IBGE”, avalia o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
Com o lema “Basta de descaso com a educação – Reestruturação da carreira já!”, a campanha lançada no início do mês pelo Sinpro-DF reflete o cenário imposto à categoria, que traz desde o congelamento salarial de 8 anos até condições de trabalho precárias. Isonomia e paridade são princípios da campanha.
De acordo com o Sinpro-DF, em 2015 a educação pública do país começou a sofrer todo tipo de ataque para ser privatizada. Esse desmonte se intensificou de 2017 a 2022, sobretudo no DF, uma vez que as demais unidades federativas concediam algum reajuste à categoria. Mas os governos do DF congelaram os salários e pioraram as condições de trabalho, sucateando as estruturas, entre outras coisas.