Aplaudidos de pé por mais de 5 mil pessoas ao fim do espetáculo, 90 bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil dançaram o clássico balé Don Quixote, no Ginásio Nilson Nelson, na noite de quinta-feira (11). A apresentação foi uma homenagem póstuma ao ex-senador e ex-prefeito de Joinville Luiz Henrique da Silveira. Morto em maio deste ano, o político havia sido o responsável por trazer ao País, em 2000, a única filial da companhia fora da Rússia.
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Acompanhado da esposa, Márcia Rollemberg, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, considerou o espetáculo um presente do ex-político aos 55 anos da capital. \”Somos muito gratos pelo carinho a Brasília e pelo presente, que acolhemos também com muito carinho\”, disse, dirigindo-se à viúva de Luiz Henrique, Ivete da Silveira, a quem o casal entregou um buquê de flores antes da apresentação. No final, Ivete uniu-se aos dançarinos no palco para agradecer os aplausos da plateia.
Luiz Henrique da Silveira morreu em 10 de maio, aos 75 anos, em consequência de um infarto fulminante. Prefeito de Joinville por três mandatos, era senador desde 2011. Antes de chegar ao Senado, tinha governado Santa Catarina duas vezes, de 2003 a 2010. Ingressou na carreira política em 1973, como deputado estadual pelo estado, e passou por cinco legislaturas na Câmara dos Deputados.
Amanhã, às 10 horas, também no Nilson Nelson, crianças da rede pública de ensino de Brasília e pacientes do Hospital Sarah Kubitschek assistirão ao balé. Esta sessão será fechada ao público.
Inclusão social
A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil tem o mesmo ideal da Escola Coreográfica de Moscou, criada em 1773: proporcionar formação e cultura por meio do ensino da dança, para que os alunos se tornem protagonistas da sociedade. A filial brasileira é um projeto de inclusão social para 305 crianças e jovens, com sede em Joinville (SC). A inauguração ocorreu em 15 de março de 2000, durante um dos mandatos de Luiz Henrique da Silveira na prefeitura da cidade.
O Teatro Bolshoi de Moscou é uma das principais companhias de balé e ópera do mundo, considerada patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Secretaria de Cultura
A vinda da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil à capital contou com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Ministério da Cultura. A Secretaria de Cultura do DF ficou encarregada do apoio de produção, da montagem da bilheteria, da logística para levar os alunos ao ginásio e da arrecadação e do armazenamento dos donativos. Cada ingresso para a exibição de hoje no Nilson Nelson foi trocado por um quilo de alimento não perecível. O total arrecadado vai ser doado a instituições de caridade e a pessoas em situação de vulnerabilidade.
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