A última segunda segunda feira foi marcada por cerimônias em memória dos atos golpistas de 8 de janeiro, que contou com palavras duras por parte dos poderes executivo e judiciário, e certa displicência no tom do poder legislativo federal.
Para oferecer representatividade à ocasião, foi mobilizada uma espécie de força-tarefa formada por algumas das autoridades mais poderosas em âmbito federal.
O evento principal, que reuniu chefes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, repetiu o caráter simbólico das primeiras reações aos ataques, ainda no início de 2023. Um ano depois, a reunião desses mesmos atores também foi palco da defesa de uma agenda mais concreta.
A ausência de parte significativa dos parlamentares dos partidos do centrão —além da oposição bolsonarista, já era esperada, bem como a de Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara. O chefe da Casa do Povo alegou problemas de saúde de familiares.
Apesar disso, a cerimônia contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de ministros do centrão e de alguns integrantes de partidos de direita. Alguns governadores, prefeitos e outros políticos, além dos três comandantes das Forças Armadas estiveram presentes.
O ato foi batizado como “Democracia Inabalada” foi realizado no Salão Negro do Congresso, um dos locais que foram alvo dos vândalos em janeiro de 2023.
O presidente Lula tem falado duramente sobre o episódio, chegando a declarar que o governador Ibaneis deveria ser preso. Na sua fala no ato, o presidente declarou que minimizar os envolvidos seria impunidade. “Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas”, disse.