A primeira audiência conciliatória entre rodoviários e patrões, nesta manhã de quarta-feira (10/6), terminou sem acordo entre as partes e a greve dos rodoviários continua. Após o fim da reunião, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região decidiu realizar uma nova sessão na sexta-feira (12/6), às 9h30, para tentar pôr fim ao impasse que afeta 1,2 milhão de usuários em todo o Distrito Federal. O presidente da corte, o desembargador André Damasceno, afirmou que manterá as providências iniciais de multar o sindicato em R$ 100 mil por dia, por descumprimento da determinação de manter 70% dos ônibus circulando em horário de pico e 50% no entrepico. A ordem vem sendo ignorada desde o primeiro dia de greve, na segunda-feira (8/6).
- Advertisement -
Ao mesmo tempo, rodoviários se reuniam em assembleia, atrás do Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, onde decidiram uma nova proposta de reajuste: pedem 10,2 % – em vez de 20% – de aumento salarial e 12% – em vez de 30% – no tíquete e plano de saúde familiar. A contraproposta foi encaminhada em seguida à Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, onde os diretores das empresas e do sindicato estão reunidos. As empresas ofereciam 8,34% de reajuste nos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Na reunião do TRT estavam apenas os advogados das empresas e do sindicato da categoria. Também participaram, como espectadores, o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, e a procuradora-geral do DF, Paola Aires Corrêa Lima. O procurador regional do Ministério Público do Trabalho (MPT), Dr. Adélio Justino Lucas, questionou o fato de as empresas entrarem com o dissídio sem passar antes pela mediação do órgão, para tentar uma conciliação e também por terem feito o processo individualmente, e não como uma associação.