Apontada como um dos termômetros para medir a temperatura do pedido de abertura de processo que pode acabar em impeachment da presidente Dilma Rousseff, a manifestação realizada neste domingo na Avenida Paulista atraiu o menor público desde março, quando foram iniciados os atos contra o governo.
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Segundo a Polícia Militar, 30 mil pessoas foram no domingo à avenida (40 mil segundo o Datafolha). Os organizadores divulgaram que o número ficou entre 80 mil e 100 mil. Como base de comparação, os números da PM apontam que o ato de 16 de agosto atraiu 350 mil e o de 12 de abril, 275 mil. No dia 15 de março, na primeira manifestação anti-Dilma, 1 milhão de pessoas foram à avenida.
Com a avenida fechada para o lazer, o público começou a chegar à Paulista por volta das 11h e se misturou com os paulistanos que foram à via para utilizar a ciclovia ou caminhar no asfalto. O encontro gerou uma discussão entre ciclistas e integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre), que colocou o carro de som sobre um trecho da faixa para ciclistas. Após a intervenção da CET, o veículo foi retirado.
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Como nos atos anteriores, o protesto contou com faixas pedindo a saída de Dilma, o “pixuleco” do ex-presidente Lula e manifestações de apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Laja Jato, e à Polícia Federal. O STF virou alvo dos favoráveis ao impeachment. As criticas tinham como alvo o ministro Edson Fachin, que suspendeu o trâmite do pedido de impedimento.
O veículo do Vem Pra Rua, localizado na altura da Pamplona, foi o ponto de concentração. Autores do pedido de impeachment, os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior afirmaram que a iniciativa não é um golpe, mas “um pedido de justiça e de devolução do país ao povo”. Os senadores Aloysio Nunes e José Serra, ambos do PSDB, também passaram pelo local.
No final do ato, às 18h, o coordenador do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, disse que “já esperava um número menor porque teve apenas dez dias para organizar o protesto”. Um novo ato foi marcado para 13 de março.
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