Foram vazias as manifestações convocadas para o domingo (12) em todo o país pelo Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua, pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Na Avenida Paulista, segundo os cálculos da Secretaria de Segurança Pública, havia cerca de seis mil pessoas. Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, não chegou a mil.
O MBL chegou a suavizar seu discurso — inicialmente o slogan era Nem Lula, Nem Bolsonaro — e assim atraiu parte da esquerda: PDT e PCdoB estavam presentes, assim como a UNE e a UJS.
Lideranças políticas não faltaram. “Para fazer o impeachment e proteger a democracia brasileira temos que juntar todo mundo”, disse na Paulista o ex-ministro Ciro Gomes, candidato à presidência pelo PDT. “Ainda há tempo para o PT amadurecer. Quem for democrata tem que entender que o impeachment é a a única saída. Precisamos fazer um acordo com a direita e um centro democrático.”
Também foram o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e os senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-MA).
O governador paulista João Doria, pré-candidato tucano ao Planalto, também cobrou a presença do PT. “Temos que estar juntos e formar uma grande frente democrática”, argumentou no carro de som. Mas defendeu a manifestação. “Não é algo feito com ansiedade. Esse é o primeiro movimento a partir da liberação da quarentena.”