Da redação
Era meia noite em Brasília e 18h em Tel Avive, capital de Israel, quando as sirenes de alerta começaram a soar e anunciaram que a cidade estava sob ataque. Foi o maior ataque contra Israel nos últimos anos feito pelo grupo terrorista Hamas. Ele tomou o poder e controla a Faixa de Gaza desde 2007 e de lá para cá já travou quatro guerras contra Israel. Mais de mil pessoas já morreram. Os ataques por terra mostraram a vulnerabilidade do conhecido: poderoso exército israelense.
Em resposta o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas lançou a operação ‘Espadas de Ferro’ e convocou uma reunião de emergência com autoridades.
Foram lançados mais de 200 mísseis contra as cidades atingidas, na região sul de Israel, forças de ataques também invadiram por terra, matando, sequestrando e destruindo o que encontravam pela frente.
Regina Markus, professora emérita do Instituto de Biociencias da USP – Comendadora da Ordem Nacional de Ciência, que está em Israel, participou no início desta tarde do Programa Revista CBN e conversou com a jornalista Pétrea Chaves. Ela contou como aconteceu tudo nos primeiros momentos dos ataques. “Soaram as sirenes e nós não tínhamos noção do que estava acontecendo. Todos corremos para os abrigos que ficam em baixo das casas e de lá pudemos ver por uma pequena TV que Israel estava sob intenso Ataque”, disse a professora.
Segundo ela aconteceram ataques aéreos com muitas bombas e por terra, com guerrilheiros fortemente armados atirando nas pessoas que estavam nas ruas, sem falar nada. “Isso foi na primeira onda. Na segunda e terceira ondas eles já começaram a sequestrar as pessoas e as levarem para o território de Gaza e na quarta onda estão fazendo uma varredura por toda a área, demonstrando ações de ocupação real da área”, afirmou.
Repercussão no mundo– Todos os grandes líderes mundiais rechaçaram o ataque promovido pelo grupo terrorista Hamas à Israel. O presidente Lula foi um dos primeiros a se manifestar contra a ação e disse que o Brasil vai convocar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para reagir aos ataques e impedir que esta ação escale para uma continuação da guerra entre palestinos e israelenses que já dura mais de 70 anos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse sobre a ação; “ é o terrorismo na sua forma mais desprezível”. O presidente da França, Emmanuel Macron, expressou total solidariedade às vítimas. Já o chanceler da Alemanha, OIaf Scholz, disse que os lançamentos de foguetes dos guerrilheiros e a escalada da violência “choca profundamente”. Ele acrescentou que a Alemanha está ao lado de Israel’.
Brasileiros- Há pelo menos 14 mil brasileiros residentes em Israel e seis mil na Palestina, segundo fontes do Itamaraty. A informação é que eles estão fora das áreas dos ataques, e até agora não houve nenhum comunicado de vítimas brasileiras em qualquer dos lados.