Da Redação
As acusações do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro, na reunião com embaixadores estrangeiros, nessa segunda-feira (18/7), geraram reações do Judiciário, da oposição ao governo e de entidades em defesa da democracia. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na terça-feira (19/7), reforçou a “confiança total na higidez do processo eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE” e “repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas”, segundo a nota divulgada pela Corte.
Para a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o trabalho da Corte Eleitoral não pode ser alvo de hostilidades. Também classificou como “inadmissível” ataques pessoais a juízes. Já a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) divulgaram nota conjunta na qual enfatizam a confiança no sistema eleitoral
Líderes da oposição apresentaram uma notícia-crime contra Bolsonaro no STF. Nela, o chefe do Executivo é acusado de improbidade administrativa, crime eleitoral e de responsabilidade e de atentar contra instituições democráticas, além de fazer propaganda eleitoral antecipada. A ação foi movida por PT, PSol, PCdoB, PDT, Rede, PSB e PV. Os partidos sustentam que o Brasil foi “exposto negativamente, mais uma vez, para a comunidade internacional”. E que “houve, também, ameaça ao Estado democrático de direito, previsto no Código Penal no crime contra as instituições democráticas, que pode se unir à pena correspondente à violência”.
Com notícias do Correio Braziliense.