Da Redação
Cerca de 8 mil profissionais do magistério participaram da assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) nesta terça-feira (22), no estacionamento da Funarte, no Eixo Monumental. A manifestação estava marcada para a Praça do Buriti, mas o Governo do Distrito Federal não autorizou o carro de som nas imediações da sede do Executivo local. O ato paralisou quase a totalidade das escolas da rede públicas do DF.
A assembleia aprovou a realização de assembleias regionais durante o mês de março, nos dias 10, 15, 17 e 22. Nova assembleia geral, com paralisação das atividades nas unidades de ensino, ficou marcada para o dia 24. Ao final do ato, os participantes seguiram em carreata com buzinaço para a frente do Buriti.
Pautas
Na segunda-feira (21), a comissão de negociação do Sinpro havia apresentado a pauta de reivindicações à Secretaria de Economia do GDF. O primeiro item trata das perdas financeiras. O sindicato lembra que a categoria acumula sete anos de congelamento dos salários e do vale-alimentação.
Ainda que o governo tenha se comprometido a cumprir a lei e pagar o reajuste devido à categoria desde 2015, o Sinpro ressaltou que a ação é insuficiente, e que o Plano Distrital de Educação (PDE), também aprovado em 2015, garante, na meta 17, a isonomia entre os salários de profissionais de Educação e demais carreiras de ensino superior.
Outra questão é a necessidade de concurso público para profissionais do magistério e da carreira assistência. Atualmente, 1/3 dos professores e assistentes em exercício são contratados em regime temporário. O início do ano letivo também deixou evidente a urgência da nomeação de novos monitores. De acordo com o Sinpro, quem mais sofre com a falta desses profissionais é a educação inclusiva.
Encaminhamentos
A diretoria do Sinpro-DF ressaltou que, historicamente, convoca assembleias gerais no início do ano letivo, para avaliar a retomada dos trabalhos e organizar as lutas do ano. “Como o governador Ibaneis Rocha já demonstrou, em outros momentos, conhecer o perfil da nossa categoria, seu estranhamento quanto à data da assembleia mais diz sobre ele que sobre os profissionais do magistério do DF”, diz nota publicada no site do Sinpro-DF.
A entidade ressalta que “a categoria mostrou que está unida e forte, e agora é hora de manter a mobilização”. E reforçou o convite para que todos os profissionais do magistério participem das assembleias regionais para preparar a assembleia geral de 24 de março. “É muito importante, também, fortalecer o debate dentro das escolas e com a comunidade escolar. Afinal, a luta que vem pela frente é pelos nossos direitos e pela defesa da educação pública de qualidade”, conclui a nota do Sinpro-DF.