Faça um cálculo nada científico. Imagine o Complexo Mané Garrincha e toda aquela área que ele ocupa; depois, pense em escavadeiras gigantes chegando a Oeste para fazer mais um estádio nacional ao lado do que existe.
Enquanto isso, motosserras domesticadas preparam o terreno no lado Leste para facilitar o trabalho das máquinas mortíferas, aquelas que vão construir mais um buraco na paisagem.
Não satisfeitos, as motosserras amestradas e os tratores gigantes encontram facilidade para destruir o entorno e criar dois novos estádios: um ao Norte, outro ao Sul. Temos então o acréscimo de quatro construções no local em que havia apenas uma.
Num só dia, tipo expediente burocrático pela manhã e à tarde, com folga para o rango antes de começar tudo de novo.
Imaginou?
Pois imagine o pior: isso vai acontecer amanhã, e depois de amanhã, e ninguém sabe onde vai parar, confirmam os noticiários.
Só que longe daqui, nas terras dos Yanomamis, Kayapó e Muducuru, tribos que continuam a perder quatro campos de futebol por dia com a devastação provocada pelo garimpo ilegal.
Deu pelo menos para imaginar o que está acontecendo? Pelo menos isso?