Aprendendo com o Grão Mestre Woo
O Grão Mestre Moo Shong Woo é patrimônio espiritual de todos nós, brasilienses, ad eternum – Aleluia!
Sentindo fortes dores em um dos braços e movida pela grata lembrança de que o Dr. Moo Shong Woo já curara um sério problema em sua coluna vertebral, minha mulher Lêda Maria recorreu aos préstimos do famoso médico, especializado em Acupuntura. Como de hábito, a acompanhei ao consultório que funciona no apartamento da superquadra 105 Norte. Enquanto ela repousava sob o efeito de nada menos de 43 agulhas enfiadas em seu braço direito (conferi, uma a uma), fui recepcionado na sala pelo anfitrião com saborosas fatias de melancia regadas a água de coco.
Muito mais importante do que os alimentos, no entanto, o que valeu mesmo foi a aula coloquial que recebi do sábio oriental. Não obstante seja dono de um curriculum-vitae riquíssimo (arquiteto, poeta, professor de artes marciais, graduado na milenar medicina chinesa, complementado por residência médica-hospitalar numa universidade americana do Alabama), Dr. Woo é de uma simplicidade cativante.
Descendente de família tradicional chinesa e nascido em Taiwan, a 3 de março de 1932, mesmo sem conhecer meia palavra em português, mudou-se para o Brasil em 1961. Passou breves períodos em Belo Horizonte e em São Paulo, até fixar-se em Brasília sete anos depois, por pura intuição, ciente de que encontraria a Terra Prometida. E assim o chinês de sangue azul se tornou brasileiro, de fato e de direito, ao naturalizar-se no ano 2000. Identificado com a nova pátria, Dr. Woo namorou e casou com a mineira Precília, com quem teve dois filhos e uma filha brasilienses: Patson, Aristein e Tsúlia, os dois últimos também médicos.
No inicio, superando dificuldades, o recém-chegado foi o primeiro professor a lecionar chinês e japonês na academia de diplomatas do Instituto Rio Branco do Itamaraty. Posteriormente, entre os inúmeros benefícios que proporcionou à cidade que tanto ama, fundou, na Asa Norte, entrequadra da 104-105 (onde comanda todas as manhãs a pratica do Tai Chi Chuan e outras artes marciais) a Praça da Harmonia Universal, que se transformou em Patrimônio Cultural de Brasília, desde janeiro de 2007, pela Lei n° 3951.
Mas na verdade, já está escrito nas estrelas: o Grão Mestre Moo Shong Woo é patrimônio espiritual de todos nós, brasilienses, ad eternum – Aleluia!}
Ao Mestre Dr. Woo
Sem favor, o governador Agnelo Queiroz deveria ter assinado um decreto-lei oficializando a data de 3 de março de 2013 como Feriado Distrital, a fim de que os dois milhões e 600 mil habitantes locais soubessem e pudessem comemorar o Aniversário de um conceituado médico brasiliense, cidadão de fato e de direito, chamado Moo Shang Woo, mais conhecido como Dr. Woo.
De fato, porque no último sábado, o Mestre chinês completou 82 anos de vida útil à humanidade, 45 dos quais aos moradores desta cidade abençoada por Dom Bosco. E de direito porque recebeu dois importantes títulos: em 2006, da Câmara Legislativa, como Cidadão Honorário de Brasília; e em 2012, a outorga do Mérito do Cidadão Candango.
Fico atônito diante da linda trajetória de vida do Dr. Woo, que daria para preencher as páginas de um volumoso livro biográfico, que com certeza se transformaria num best-seller, não tanto pelo talento do autor e sim pela figura do biografado. Basta dizer que só a introdução de seu currículo, mesmo sem incluir as comendas nacionais e internacionais, ultrapassaria o espaço limitado deste cantinho de página.
Além dos benefícios que já prestou (e continua prestando) a milhares de pessoas, como membro da milenar Medicina Chinesa, sua presença ficou marcada indelevelmente por ter acrescentado ao conjunto urbanístico de Niemeyer e Lúcio Costa mais um logradouro de utilidade pública, localizado na entrequadra 104/105 da Asa Norte, batizado com o sugestivo nome de Praça da Harmonia, onde há muitos anos ele ministra aulas de Tai Chi Chuan (Energia do Grande Universo) e outras práticas orientais do “Mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são). E todo esse trabalho sem cobrar um centavo, até porque não precisa de dinheiro, simplesmente porque o Dr. Woo é um homem muito rico, espiritualmente. E o seu maior tesouro são os filhos Aristein e Tsúlia, ambos brasilienses e médicos, como ele.
Portanto, antes do ponto final, só me resta externar, em tom de oração: Parabéns, Mestre Dr. Woo. E que Deus lhe conceda muitos anos de vida, em favor de todos nós – Amém!