Em abril de 2019, contra a opinião de todos os especialistas em segurança pública da capital federal e sem a anuência do governador Ibaneis Rocha, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, trouxe para Brasília o preso mais temido do País: Marcos Willians Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC. Com a chegada dele, praticamente, toda a cúpula do Primeiro Comando da Capital se instalou na Penitenciária Federal, no Complexo da Papuda. Como um filho indesejado, a presença de Marcola fez nascer na cidade uma nova célula do crime organizado, parte dela desbaratada pela Polícia Civil do DF nos primeiros dias deste ano.
O alerta era unânime. Todos preveniram Moro de que a transferência de Marcola para Brasília traria insegurança para a cidade que abriga o poder público federal e representações diplomáticas de mais de 200 nações e organizações internacionais. Teimoso, como demonstra ser sua característica pessoal, o ministro da Justiça alegava não haver risco e que a Penitenciária Federal era de segurança máxima.
Resgate – Parece que não era. No fim do ano passado, diante de uma ameaça de resgate de Marcola, Moro foi obrigado a chamar o Exército. Soldados treinados para guerra e blindados cercaram as imediações da Papuda para evitar um resgate. Onde estava a segurança tão propalada? Por que a Policia Federal ou a Força Nacional não fizeram tal proteção ou mesmo identificaram os seus atores antes de qualquer ameaça. Não teriam condições as duas forças de evitar a fuga de Marcola?
E a Polícia Militar do DF, que possui expertise em operações na Papuda, porque não foi acionada? Vergonha? Não quis, o ministro da Justiça, dar a mão à palmatória e pedir socorro ao Palácio do Buriti?
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