Se John Lennon não tivesse sido assassinado aos 40 anos de idade (*), no auge de sua carreira de cantor e compositor, comemoraria seu 76º aniversário neste domingo, 9 de julho. E provavelmente estaria lotando platéias em todo o mundo, protagonizando shows solos, tal qual Paul Mc Cartney, 74, seu parceiro no famoso quarteto britânico The Beatles. Eles marcaram época ao lado de George Harrison, guitarrista, e Ringo Starr, baterista.
Também citados como “Os quatro rapazes de Liverpool”, o grupo de geniais intérpretes brilhou nas paradas internacionais. Principalmente na década de 1960, proporcionando verdadeiras fortunas em direitos autorais aos seus jovens componentes, até que John Lennon resolveu desligar-se em 1969, ano em que casou com a artista plástica japonesa Yoko Ono, com quem formou uma nova dupla.
A esta altura, já morando nos Estados Unidos, Lennon escapou de ser expulso do país ao ser enquadrado no processo movido pelo FBI, por sua conduta amoral, quando publicou fotos totalmente nus, ele e Yoko (de frente e de costas), além de declarar-se ateu. Para agravar, criticou várias vezes a invasão norte-americana ao Vietnã, em 1964, inclusive devolvendo a medalha da Ordem do Império Britânico à rainha Elizabeth II, por ela ter aderido à ação militar comandada por Washington.
Segundo seus biógrafos, o bem-sucedido vocalista era de índole violenta nas relações afetivas. Consta que costumava espancar sua primeira esposa Cynthia Powell e Julian, o filho do casal; e também agredia Yoko, mantendo péssima relação com Sean Lennon, seu segundo filho. Realmente, não dá para conferir essas atitudes de extrema agressividade com o compositor-pacífico que escreveu a letra de “Imagine”, uma das mais lindas composições da música mundial, a julgar por este verso:
“Imagine todas as pessoas / vivendo uma vida em paz. / Você pode dizer que eu sou um sonhador, / Mas eu não sou o único. / Espero que um dia você junte-se a nós. / E o mundo será como um só…”
(*) John Lennon foi assassinado com quatro tiros de pistola por um jovem fanático religioso chamado Mark Chapman, 25, na noite de 8 de dezembro de 1980, em Nova Iorque. Preso e condenado à prisão perpétua, o assassino confessou porque cometera o crime: Lennon “não acreditava em Deus e injuriara Jesus Cristo!”
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