O apóstolo Paulo comparou a vida a um bom combate. O bom combate é a luta entre a sua parte de luz e a de sombra. Sairá vencedor aquela que você der mais atenção, mostrar determinação, e não desistir diante de eventuais derrotas.
Quanto maior sua escuridão, maior será o conflito, e maior será o esforço que deverá fazer. Na batalha haverá vitórias e derrotas, com consequente fortalecimento, se houver avaliação e aproveitamento, que trarão a sabedoria necessária. Toda ideia de fracasso, desânimo, incapacidade ou derrota deve ser rechaçada.
Paulo mostra seu bom combate em três momentos: No início, quando lamentava não fazer todo o bem que queria. Depois, quando afirmava que não era mais o que foi, e, finalmente, quando afirmou que venceu o bom combate.
Antes de ser degolado pelo carrasco encarregado de executá-lo, mas que demonstrava vacilação e piedade, Paulo afirmou: \”não tenha pena de mim; tenha pena de você que vai continuar fazendo esse trabalho imundo. Eu cumpri o meu dever, guardei a fé, venci o bom combate, e vou ao encontro do meu Senhor\”. Esta passagem foi descrita no livro \”Paulo e Estevão\”, de Chico Xavier.
Quando a parte luminosa ultrapassar sua escuridão, começará a sentir uma alegria natural. Após alguma derrota e aproveitamento, verá que passou para um patamar mais elevado.
Então, haverá cada vez mais alegria em compartilhar com o mais necessitado, e perceberá que aparecerão amizades importantes que o auxiliarão na sua caminhada. É assim que se entende o provérbio oriental \”quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece\”. Ou, no dizer de André Luis, \”quando o trabalhador está pronto, o trabalho aparece\”.
O Mestre não significa necessariamente uma pessoa física. Pode ser um desencarnado. Chico Xavier tinha Emmanuel como Mestre. Ivone Pereira, Charles; Pietro Ubaldi, Sua Voz; Divaldo Franco, Joana de Angellis; e Carlos Pastorino, Fabiano de Cristo.
Vencer o bom combate é evoluir dando voltas numa montanha. Quando o buscador reúne condições satisfatórias para subir em linha reta, e não mais dando voltas, ganha um Mestre para ajudá-lo. Não há privilégios. \”Caminhe! até que não exista mais o caminho e nem o caminhante, e só exista o caminhar\”.