Começou há pouco, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o julgamento de Adriana Villela, arquiteta suspeita de triplo homicídio, tendo como vítimas os próprios pais – o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, e a advogada Maria Carvalho Villela – e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva. As vítimas foram mortas a facadas.
Conhecido como Crime da 113 Sul e como Caso Villela, o episódio ocorreu em 28 de agosto de 2009. O caso ganhou maior repercussão após o afastamento da delegada responsável pelas primeiras investigações, Martha Geny Vargas Borraz, devido a suspeitas de que teria plantado provas durante o inquérito para responsabilizar inocentes – no caso, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar.
Em agosto de 2016, a delegada foi condenada a mais de 16 anos por falsidade ideológica, fraude processual, violação de sigilo funcional e tortura. O agente da Polícia Civil José Augusto Alves, que também participou das investigações do caso, foi condenado pela prática do crime de tortura, e teve a pena fixada em três anos, um mês e dez dias de reclusão.
De acordo com o TJDFT, já foram sorteados os sete jurados que comporão o conselho de sentença. A expectativa é de que o julgamento dure cinco dias.