Desde o início de janeiro, quem passa pela avenida Elmo Serejo, que liga Taguatinga a Ceilândia, se depara com uma cena inusitada: a sucata de um antigo Boeing 767-200, da extinta companhia aérea Transbrasil, pendurado sobre oito estacas – seis escorando o corpo da aeronave e outras duas segurando as asas.
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Apesar da curiosidade, a população não sabe qual a serventia de tal arrumação. Qual a serventia de um avião instalado às margens de uma das pistas de maior movimento de veículos da cidade, além de servir de abrigo para lixo e insetos como o mosquito da dengue? As pichações na carenagem são a prova do abandono e dos riscos para a saúde pública.
Entretanto, tudo indica que, finalmente, vão dar um destino ao velho avião. Na segunda-feira (12), serão iniciadas as obras para adaptá-lo como fast food. A Inspiração, segundo um dos três proprietários, Batista Almir Lopes, 50 anos, é importada de Dubai e de Pequim, na China. Os empresários Almir Lipes e José Diniz são os outros donos.
Seu Batista, como é conhecid, criou o projeto com base nos aeroburguers que conheceu em viagens àquelas duas cidades. Para isso, o empresário investiu R$ 1 milhão, com isso, participou do leilão de três carcaças da antiga frota da TransBrasil, no final de 2013, e instalou em frente a um de seus empreendimentos, o Atacadão Kireibara, voltado ao comércio de flores e plantas.
A inauguração da lanchonete, que será alugada e terceirizada, inicialmente, estava prevista para março. Entretanto, segundo Almir Lopes, um dos empreendedores, a crise bateu na porta e impediu que fosse concluído o projeto. “Não tínhamos como concluir o projeto, porque já tínhamos investido bastante dinheiro. Inclusive, precisamos de outro sócio para tocarmos o projeto”, disse o empresário, Almir Lopes.
Com o passar do tempo, a sucata se tornou um local propício à reprodução de mosquitos, como o Aedes Aegypt, transmissor da dengue. O risco só diminuiu devido à seca, que marca o meio do ano na capital federal. Porém, os empresários garantiram a limpeza semanal de seus interiores com funcionários que trabalham na floricultura. Assim, o acúmulo de água parada no interior da carcaça do velho Boeing é evitado.
Estamos em plena primavera e as chuvas estão chegando. Resta saber se a possível nova atração de lazer para a população se torna realidade ou seguirá a mesma rota percorrida até agora de se transformar em pista de pouso de insetos transmissoras.
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