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Destaques, Política, Política Local

Entrevista: Rafael Parente se lança pré-candidato e promete “resgatar sonhos”

  • Orlando Pontes
  • 02/10/2021
  • 14:23

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adversário ibaneis governador rollemberg
Rafael Parente foi secretário de Educação do governo Ibaneis Rocha. Foto: Antônio Sabino/Brasília Capital

No dia 19 de agosto de 2020, Rafael Parente ficou sabendo que fora exonerado do cargo de secretário de Educação por intermédio de um repórter que lhe telefonou para repercutir a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB). “Um comportamento nada profissional”, avalia. dois anos e três meses depois, filiado ao PSB do ex-governador Rodrigo Rollemberg, se lança pré-candidato ao Buriti como primeiro adversário declarado à sucessão do atual chefe do Executivo. 

Mas garante que não é um gesto de vingança. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ele diz que seu desejo é trabalhar para devolver sonhos de dias melhores àqueles que vieram para Brasília com esta esperança.

“As pessoas estão muito tristes, desesperançosas. A gente precisa de paz. A minha promessa é que a gente vai entregar este sonho que os brasilienses querem e merecem”.

Parente descobriu a vocação pelo magistério aos 17 anos, dando aulas de inglês. Aprovado no vestibular para Economia na UnB, abandonou o curso para fazer aquilo que gosta: lecionar. Um projeto social no Varjão despertou nele o interesse pela política. “Vi que era meu propósito de vida trabalhar para a transformação social do nosso País e do DF por meio da educação”, diz. 

Seu primeiro trabalho político foi como subsecretário de Educação do Rio de Janeiro no governo Eduardo Paes., reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Microsoft, na favela da Rocinha, como uma das 100 escolas mais inovadoras do mundo.

adversário ibaneis rafael parente governador df
Agora concorrente de Ibaneis, Parente defende a concepção do Iges-DF, mas questiona atual formação da gestão do Instituto. Foto: Antônio Sabino/Brasília Capital

Rafael Parente: íntegra da entrevista

Como nasceu sua pré-candidatura ao GDF? Ela é pra valer? – A minha pré-candidatura é pra valer sim. Eu e meu grupo estamos trabalhando muito. Com a ajuda do ex-governador Rodrigo Rollemberg e de várias outras pessoas, estamos unindo, primeiramente, o PSB. Vejo um número crescente de pessoas acreditando na minha candidatura. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para vencer essa eleição para recolocar o DF num patamar de qualidade. 

O senhor acusa o governador Ibaneis de ter provocado a sua saída da Secretaria de Educação. O que aconteceu? – Em duas ocasiões eu falei para o governador que não permaneceria se a situação não mudasse. Uma delas foi a militarização das escolas. A meu ver, deveria ter um debate para entender por que a necessidade das famílias de ter uma escola militarizada. Ao que esse modelo está relacionado? A uma questão de segurança dentro das escolas. Para os pais, o primeiro quesito é a segurança. A gente precisa realmente de mais disciplina, mais organização e de uma formação com valores, que forme cidadãos e pessoas que entendam a importância do respeito. Mas existem formas (de ensino) muito mais modernas e comprovadas cientificamente para uma formação melhor, contemplando esses requisitos. O que o cara ganha batendo continência? O que a gente precisa é de estimular o pensamento, o trabalho em equipe. 

“Brasília vive hoje um caos na Saúde, um péssimo enfrentamento à covid-19”

Como soube da sua exoneração? – Recebi a ligação de um veículo de comunicação, à noite, dizendo que eu havia sido exonerado. Eu não sabia de nada. Comportamento nada profissional. 

Se eleito, o que o senhor mudaria na Saúde do DF? – A primeira coisa seria fazer um governo integro e composto por técnicos e pessoas honestas que façam todo o possível para coibir a corrupção dentro do governo. Além disso, tem de ser inovador e estar sempre em busca de avanços tecnológicos e exemplos de boas políticas públicas. Brasília vive hoje um caos na Saúde, um péssimo enfrentamento à covid-19. 

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) foi criado na gestão Rollemberg e já dava problema. Então, as pessoas que estavam gerindo nessa época não eram honestas? – As informações que tenho não batem com sua leitura. Era um outro modelo de gestão e que vinha fazendo um bom trabalho. Tanto que as contas foram aprovadas e tem relatórios que falam que estava tudo certo. O número de pessoas trabalhando hoje no IGES triplicou. Várias delas não têm o mínimo preparo para exercer os cargos que ocupam. Virou cabide de emprego. Tem dívidas imensas. Agora, se você me perguntar se eu defendo esse modelo e se eu eleito vou continuar, não acho que seja o caso. Para se oferecer um bom serviço, você tem de criar políticas públicas e ter servidores bem formados e que sejam valorizados para se sentirem estimulados e desenvolverem um bom trabalho. Hoje falta o básico nos hospitais.

Os gestores que defendem o modelo do IGES alegam que é uma forma de fugir do engessamento da lei 8.666, a Lei das Licitações… – A 8.666 não resolve o problema da corrupção e nem da economicidade e não é eficiente. Devemos nos espelhar no que está funcionando em outras cidades, do País e do mundo. Como a gente pode trazer essas experiências para o DF? A primeira coisa é a valorização do servidor. Não pode faltar papel-toalha e luva numa Unidade de Terapia Intensiva. Não pode faltar o básico para um médico fazer o seu trabalho. 

As pesquisas mostram que seu nome é desconhecido. Mas, até agora, nenhum político além do próprio governador se apresentou como candidato de fato. Essa largada na frente pode ser uma vantagem? – A gente vem fazendo “pesquisa de mineração” de dados nas redes sociais desde março e constamos que realmente boa parte da população precisa me conhecer. Mas o mesmo levantamento mostra que eu tenho potencial, porque tenho pouquíssima rejeição das pessoas que me conhecem. Além disso, tenho uma pontuação muito maior que a do Ibaneis e do Rollemberg quando as primeiras pesquisas em torno do nome deles foram feitas. 

“Ibaneis é uma fraude eleitoral. Ele prometeu muita coisa que sabia que não poderia cumprir”

Em setembro de 2017 o Brasília Capital fez a primeira entrevista com o então outsider Ibaneis Rocha, que acabou se elegendo. O senhor também se apresenta como alguém de fora da política? – Eu sou um técnico. Nunca fui candidato, mas tenho experiência. Participei de dois governos. Estive à frente da Secretaria de Educação com orçamento de mais de R$ 10 bilhões por ano. Ajudei a criar três empresas. Ou seja, tenho experiência em gestão pública e em gestão privada. Fui diretor executivo, fui diretor do terceiro setor. Fora isso, fui criado por aquele que é considerado um dos maiores gestores de crise do Brasil. Meu pai, Pedro Parente, geriu a crise do apagão em 1999 e ajudou a resolver o problema da Petrobrás em 2017. Aula de gestão foi o que eu tive a minha vida inteira.

Como convencer o eleitor a te dar um voto de confiança sendo do partido de Rollemberg, que nas últimas eleições teve um desempenho abaixo da expectativa? – Rollemberg teve 30% dos votos. Se a gente transferir parte disso, praticamente já me coloca no segundo turno. Em segundo lugar, foi um governo que pegou uma super dívida de R$ 6 bilhões, precisou arrumar a casa e teve muita responsabilidade fiscal. O governo atual não faria metade das obras que está fazendo se o anterior não tivesse arrumado a casa. 

Vocês fazem autocrítica dos erros e acertos daquele governo? – Houve problema com relação aos servidores, à educação, à truculência da Agefis. Esta autocrítica está sendo feita constantemente. Eu não só falo com o Rollemberg, mas a gente está junto o dia inteiro. Estou aprendendo muito com os erros e acertos da gestão dele. Não sou o Rollemberg, mas estou aprendendo com os erros e acertos não só da gestão dele, como de todos os outros. A gente tem feito reuniões semanais com os ex-secretários. 

Rafael Parente conversa com feirantes em Taguatinga. Foto: Antônio Sabino/Brasília Capital

Você está fazendo escada para Rollemberg ser deputado federal? – Não. Ele que está fazendo escada para eu ser governador [risos]. A gente está junto. Um time, para mim, é muito importante. Estamos criando uma equipe muito boa e que está muito animada. 

Com quem vocês têm conversado em relação à composição partidária? – A gente conversa com todo mundo, mas a decisão será tomada em março. Muita coisa pode mudar. Até pouco tempo atrás, Bolsonaro estava fortíssimo e Lula preso. Hoje, a situação é completamente diferente. O que será que vai acontecer daqui a um ano? Será que isso vai continuar?

Mas sua candidatura vai permanecer? – A gente vai continuar e a gente vai ganhar.

Como concorrer com um candidato que tem a máquina na mão e está prestes a inaugurar obras importantes para a cidade, como o túnel de Taguatinga e o viaduto do Recanto das Emas, por exemplo? – É uma missão bastante difícil. Ibaneis não está sozinho. Ele tem apoio da família Arruda, da máquina estatal, recursos e estratégias de governo. Mas, quando a gente olha para as pesquisas sérias que fizemos, hoje ele teria, no máximo 24% dos votos. Não se reelegeria. Perderia para a oposição no segundo turno porque tem uma rejeição em torno de 55%. 

Mas ele pode reverter isso? – Não é recuperável porque as pessoas já entenderam que Ibaneis é uma fraude eleitoral. Ele prometeu muita coisa que sabia que não poderia cumprir.

“Ibaneis é uma fraude eleitoral. Ele prometeu muita coisa que sabia que não poderia cumprir”

O que ele prometeu e não cumpriu? – Primeiramente, ele prometeu que não faria nenhuma privatização e já vendeu a CEB e anuncia que quer privatizar o Metrô e o BRB. Nós listamos que das 57 promessas feitas nas eleições ele cumpriu menos da metade. 

Mas ainda falta mais de um ano de governo… – Eu acredito que não dá tempo. Até porque envolve casos como este da privatização. Outro exemplo é o Centro Administrativo, que ele chegou a dizer que reformaria com dinheiro dele. São algumas promessas pequenas e outras grandes, mas que as pessoas já entenderam que não será possível atender. Tem uma cultura no DF de comparar com outros entes federados. Então, se a pessoa promete e não cumpre, não é reeleita. É praticamente certo. 

O que Brasília pode esperar caso troque um outsider como Ibaneis por um gestor jovem com experiência em Educação que vem com apoio do ex-governador que saiu mal avaliado, mas sem marcas de corrupção? – Nossa marca será que é possível ter um governo sério, inovador e eficiente. A gente vai entregar um sonho que nunca foi entregue no DF, que tem dois tipos de saudosismo: um que nós somos uma cidade do futuro, a capital da esperança. O sonho de Dom Bosco e de JK. E, segundo, o saudosismo de que já tivemos uma cidade muito melhor. A Saúde já foi melhor; a Segurança já foi melhor; a Educação já foi melhor; o transporte público já foi melhor. E os serviços foram decaindo ao longo do tempo. O que quero deixar para as pessoas é que nós vamos trabalhar para entregar de volta esses sonhos. As pessoas estão muito tristes, desesperançosas. Luto por conta da covid-19, inflação, fome, polarização e violência. A gente precisa de paz. A gente vai entregar este sonho que os brasilienses querem e merecem.

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