O novo modelo de calçadas que o governo vem implantando nas cidades, mais largas e niveladas, já faz parte do mobiliário urbano do Distrito Federal. E têm agradado a população, principalmente a parcela que usa os próprios pés para se deslocar de um ponto a outro.
O serviço vem sendo executado desde o início da gestão. Só no ano passado, o DF ganhou mais de 76 mil m² de passagens para pedestres, ciclistas, cadeirante e pessoas com dificuldade de locomoção. Como é o caso de Maria Auxiliadora, 65 anos, moradora do Gama. Ela conta que que a vida dela melhorou bastante depois que o GDF construiu novas calçadas em sua cidade.
“Eu caía direto por causa da irregularidade das calçadas antigas. Uma vez, quase quebrei o pé ao topar com uma calçada que estava alta”, lembra ela. “Essas agora ficaram muito boas”, avalia.
Outras cidades também foram contempladas com novas calçadas, como Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Jardim Botânico, Plano Piloto, Brazlândia, Águas Claras, Recanto das Emas.
Segurança – Nesta última cidade, foi coberta com passagens para pedestres uma extensão de mais de sete quilômetros nas quadras 602 e 603. Resultado: mais segurança para quem anda a pé, ciclistas e cadeirante, que não precisam mais dividir a pista com os carros.
Domingos José da Silva, 52, pertence ao grupo urbano beneficiado pela construção das calçadas no Recanto das Emas. Morador da Quadra 802, ele conta que só anda de bicicleta para onde quer que vá.
Segundo Silva, quando as calçadas eram estreitas, preferia andar na pista disputando espaço com os carros, correndo risco de atropelamento. Agora, trafega pelo apropriado. “Essa nova calçada trouxe mais segurança e conforto para todos nós”, disse.
Novacap implanta 3.000 m² de calçadas
Este ano, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), já foram construídos mais de três mil m² de calçadas. Números que tendem a aumentar, uma vez que o serviço continua a todo vapor. Conforme acompanhou a equipe do Brasília Capital, que percorreu alguns lugares onde as obras estão em andamento.
Na QS 10 do Areal, homens e máquinas da Novacap e de uma empresa terceirizada trabalhavam duro na manhã da terça-feira (18). O grupo, que mais se parecia com uma força-tarefa, já havia feito boa parte das calçadas, conforme a reportagem demonstra em fotos.
Dona Santina Oliveira Santos, 64, já caminhava por elas naquele mesmo dia. “Gostei muito, meu filho. Muito boa para a gente caminhar com mais segurança e comodidade”, avalizou a aposentada.
Administração recupera Pistão Norte de Taguatinga
Há menos de uma semana, o Brasília Capital levou ao conhecimento da Administração de Taguatinga uma enxurrada de reclamações de moradores sobre o que eles classificaram como “abandono” da pista de pedestre que passa ao lado do Pistão Norte. Segundo a população, o maior problema era o mato alto, que encobria as passagens.
Como descreveu Allan Pena, 35 anos, à nossa reportagem: “A limpeza deveria melhorar. Eles até cortaram o mato, mas o trabalho foi mal feito. Só cortaram por cima. É perigoso tropeçar. E os equipamentos de ginástica estão todos quebrados. A iluminação está muito falha. A partir das 18h fica perigoso transitar pelas calçadas”, apontou.
Na mesma ocasião, o administrador da cidade, Bispo Renato, ficou surpreso com a reclamação levada até ele por nossa equipe. E garantiu que faria a manutenção das passagens. “A Administração faz manutenções permanentes. Mas, diante da denúncia, vou pedir ao nosso pessoal de manutenção para fazer uma vistoria e corrigir o que for necessário”, disse.
A reportagem retornou ao local na terça-feira (18) e conferiu as melhorias feitas pela Regional. Agora, com o mato baixo, dá para o pedestre enxergar por onde está passando. Valdemir Reinaldo Ferreira, 68, também foi conferir de perto o serviço. “Está bom. O mato aqui encobria toda a passagem, mal dava para enxergá-la”, descreveu, enquanto caminhava pela QNA 41.
Acessibilidade próximo a hospitais
Além dessa frente de serviço, o GDF também vem realizando a instalação de um outro tipo de calçada que visa melhorar a travessia de pacientes de hospitais. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) colocou na porta dos hospitais o programa chamado Rotas Acessíveis, que visa melhorar a acessibilidade das pessoas que utilizam transporte coletivo para ir às unidades saúde.
Com recurso do Fundo de Urbanização da própria Secretaria, o Rotas Acessíveis tem gerado, com a primeira e segunda etapas, mais e 300 empregos diretos e indiretos. As modificações ocorrem a partir do ponto de ônibus e se estendem até a porta do hospital.
Ao descer do coletivo, o usuário especial já encontra paradas com sinalização tátil, para orientar pessoas com deficiência visual. São faixas em alto-relevo fixadas no chão – e esses pisos têm, como serventia, auxiliar a caminhada das pessoas, sejam elas deficientes visuais, crianças ou idosos.
(*) Colaborou: Amanda Bartolomeu