Os confrontos do técnico da seleção Dunga com a imprensa foram frequentes em sua primeira passagem pela CBF. Por isso, amigos do treinador recomendaram a ele que evitasse brigas e fosse mais mais flexível com jornalistas. Em sua primeiro discurso, ele reconheceu erros e disse que tentaria melhorar seu relacionamento com os repórteres.
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Pessoas próximas ao treinador reconhecem que seu temperamento é difícil. Às vezes, está de bom humor, mas quando se irrita recorre ao confronto direto e até a ofensas, como ocorreu no Mundial-2010 com o comentarista da Globo Alex Escobar.
Um dos amigos de Dunga argumenta que ele pode atacar um jornalista por 15 minutos em uma entrevista. Mas os comentaristas terão o microfone durante muito mais tempo para criticá-lo depois disso. Então, quanto menos confronto, menos desgaste.
Na opinião dos aliados, o trabalho do treinador foi bom na seleção de acordo com o aproveitamento, cerca de 75% dos pontos. Por isso, a maioria das críticas era por conta de seu temperamento, segundo os amigos.
Os primeiros passos do novo comandante da seleção foram aprovados por aliados. No entendimento deles, a Globo foi generosa com Dunga, com comentários positivos no Jornal Nacional. E o técnico acertou o tom ao dizer que quer melhorar seu relacionamento com a imprensa.
Mas os próprios amigos reconhecem que ele não perdeu a chance de dar suas alfinetadas. Entre elas, a declaração de que o manteve o combinado antes do Mundial-2010 sobre as relações com a imprensa, mas não foi cumprido o restante.. “Não tive problema com a Globo, A, B ou C . Tive atrito porque sou gaúcho e o combinado não é caro e cumpro o combinado. Talvez tenha levado muito na ponta da faca, porque cumpri muito e não foi cumprido\’\’, disse ele.
O que os aliados do treinador temem é que, com o passar do tempo, suas alfinetadas e ironias voltem a se transformar em ataques aos jornalistas.