Para as mãezinhas de bebês entre zero e 4 meses, que estão na mesma situação que eu, a matéria desta semana será de grande interesse. A cólica infantil é muito frequente, afinal o bebê está passando por uma fase de amadurecimento do trato gastrintestinal (TGI). O excesso de choro associado à cólica é o que aflige as mamães de crianças nessa idade. As causas das cólicas apontadas nos estudos variam desde a imaturidade do TGI até aspectos emocionais da mãe. E, ainda – o que todas temem – , a ingestão materna de alguns alimentos.
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Sobre a ingestão materna, alguns estudos sugerem que o leite de vaca na dieta da mãe pode levar à cólica no bebê, mas a maioria dos estudos não é conclusiva. Sabe-se que existe, sim, a passagem de substâncias consumidas pela mãe para o leite, e caso haja predisposição genética para quadros alérgicos de um determinado componente de um alimento, a criança pode ser sensibilizada precocemente.
A passagem de uma fração proteica do leite de vaca, a beta-lactoglobulina ingerida pela mãe, já foi detectada em estudos, presente no leite materno, e algumas vezes responsabilizada por quadros alérgicos de lactentes amamentados exclusivamente ao peito. E quando se suspendeu a ingestão do leite e seus derivados os sintomas desapareceram.
Outros alimentos, como chocolate, amendoim, café, refrigerantes, e frutas cítricas também são considerados responsáveis por cólicas em lactentes. Recomenda-se evitá-los durante o período de amamentação.
É importante que as mamães que estão lendo o artigo saibam que os estudos que demostraram efeitos adversos desses alimentos são pontuais, e que não podem ser extrapolados para toda a população. Portanto, o mais importante nessa fase é a observação do que pode ser o fator causador de cólica no seu bebê.