O Distrito Federal foi a segunda capital do país com maior crescimento em julho do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. O índice passou de 0,11% em junho para 0,53% em um mês. O aumento de preços em Brasília só perde para Porto Alegre, que teve queda de preços de 0,02% em junho e alta de 0,57% em julho.
A alta no DF foi puxada principalmente por aumentos no setor de alimentação e bebidas e na área de transportes. De acordo com coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes, a “culpa” da inflação voltar a ganhar força em julho é “especialmente” do feijão e do leite.
“Na verdade, os alimentos aumentaram muito, mas o feijão e o leite se destacaram”, disse. Só o litro de leite do DF viu o preço médio subir 21,76% em apenas um mês. Hoje ele chega a ultrapassar R$ 4,39. Uma das explicações para a escassez provocada por questões climáticas.
No país, o IPCA passou de 0,35% para 0,52%. Com o resultado, o acumulado no ano foi para 4,96% – menor que os 6,83% registrados em igual período do ano anterior. Em julho de 2015, o IPCA registrou 0,62%. Segundo Eulina, em geral, no mês de julho, os alimentos tendem a puxar as taxas do IPCA para baixo.
\”É período de oferta maior de alimentos, o que faz com que os preços se estabilizem ou até se reduzam. Neste mês de julho, especialmente, a taxa dos alimentos foi para 1,32% por função de problemas climáticos que afetaram as lavouras. É menor oferta de forma geral provocada pelo clima”, explicou.
Nacionalmente, entre os produtos que ficaram mais baratos de um mês para o outro, destacam-se a cebola, com -28,37%, e a batata inglesa, cujos preços caíram 20%.
O IPCA compara preços entre 13 capitais. Além de Brasília, o IBGE monitora aumentos em Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Goiânia, Vitória e Campo Grande. Os dados de julho podem ser conferidos na página do IBGE.
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