A implementação de ações de alimentação e nutrição nos estados e municípios é uma estratégia fundamental para a promoção da saúde e a prevenção de doenças. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) orienta a estruturação dessas iniciativas, garantindo que a população tenha acesso a uma alimentação adequada e saudável.
Além disso, a recente portaria de financiamento de incentivo às ações de alimentação e nutrição fortalece o compromisso do Sistema Único de Saúde (SUS) com a segurança alimentar, disponibilizando recursos para a ampliação dessas políticas nos territórios.
O repasse anual do Ministério da Saúde subiu de R$ 54 milhões para R$ 140 milhões em 2024. Até 2023, cidades com menos de 150 mil habitantes estavam fora do Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição.
Ao investir em programas de alimentação saudável, os gestores municipais e estaduais contribuem diretamente para a redução dos índices de obesidade, desnutrição e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Estratégias como a qualificação da Atenção Primária, a inserção de nutricionistas nas equipes de saúde e a educação alimentar são fundamentais para impactar positivamente os indicadores de saúde da população.
O fortalecimento dessas ações também está alinhado às diretrizes de promoção da equidade e da integralidade no cuidado em saúde.
Além dos benefícios diretos para a qualidade de vida da população, o incentivo às políticas de alimentação e nutrição pode gerar economia significativa para o SUS. A prevenção de doenças reduz a demanda por atendimentos de alta complexidade, internações e tratamentos prolongados, aliviando os custos do sistema de saúde.
Dessa forma, o investimento em alimentação e nutrição deve ser visto não apenas como uma necessidade social, mas também como uma medida eficiente de gestão pública e sustentabilidade financeira.
Diante desse cenário, gestores de saúde devem aproveitar os incentivos disponíveis para ampliar e consolidar as ações de alimentação e nutrição em seus territórios. O fortalecimento dessas políticas é um caminho estratégico para promover saúde, reduzir desigualdades e qualificar o uso dos recursos públicos.
Com planejamento e articulação intersetorial, é possível garantir que a alimentação adequada seja um direito acessível a todos e um pilar essencial para a construção de um sistema de saúde mais eficiente e sustentável.