A resposta é sim para a pergunta feita no título acima. Então, vamos tentar entender em que ponto a alimentação torna-se um fator de risco para a demência. Inflamações crônicas podem estar associadas com neurodegenerações, responsáveis por causar depressão e demência no idoso. Em muitos casos, a depressão pode anteceder casos de doença de Alzheimer e manifestações precoces de demência. As inflamações crônicas são conhecidas como as maiores causas de depressão, e estão frequentemente associadas com doenças cardíacas, hipertensão arterial, diabetes, diferentes tipos de doenças autoimunes e câncer.
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Pacientes depressivos que não fazem tratamento têm um aumento nos níveis de citocinas (substâncias) pró-inflamatórias (IL-6, proteína C-reativa, IL1, TNF) e consequentemente diminuição das anti-inflamatórias (IL-4, IL-10). Níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias causam aumento de macrófagos no cérebro, o que também caracteriza resposta inflamatória nessa região.
E aonde entra a alimentação como fator de risco para a depressão e as doenças neurodegenerativas? É que os alimentos podem modular essas respostas inflamatórias no nosso corpo. Portanto, temos alimentos que promovem a inflamação, e esses são os que estão relacionados com as doenças citadas acima.
Esses alimentos de risco são fontes de gorduras saturadas (em excesso), a gordura trans (ou hidrogenada), o açúcar (em excesso) ou os cereais refinados que apresentam alta carga glicêmica. Além disso, a ciência cada vez mais relaciona a presença de uma dieta rica em glúten com esses processos inflamatórios.
Alguns estudos provaram que a sensibilidade ao glúten é comum em pacientes com doenças neurológicas de causa desconhecida, o que leva os pesquisadores a acreditar que a sensibilidade ao glúten pode ter significância na etiologia (origem) dessas doenças.
Algo certamente a ser mais investigado, mas que nos leva a refletir sobre a qualidade do nosso envelhecimento.
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