O Brasil é, hoje, um dos países com maior crescimento de casos de covid-19 e sem previsão de quando atingirá o pico da doença. Mesmo assim, há dirigentes de clubes de futebol e de federações que insistem retomar as atividades normais, com treinamentos e jogos, mesmo que seja sem a presença de público.
Já a Alemanha está em caminho contrário. Após seguir medidas corretas de isolamento social, o país registra queda de casos da doença e marcou a volta do futebol profissional. Essa decisão só foi possível após a realização de testes em todos os clubes da primeira e da segunda divisões. Dos 1.700 profissionais testados, apenas 10 acusaram positivo para o novo coronavírus.
No Brasil, o Flamengo, detentor da maior torcida e da maior folha salarial do País, pressiona para voltar aos treinos. O rubro-negro ignora, inclusive, a morte de Jorginho, massagista do clube por mais de 40 anos. O Flamengo fez testes em 293 jogadores, familiares e funcionários e de 293. Deles, 38 deram positivo.
Para se ter uma ideia da diferença dos números, significa que 13% dos testados no Flamengo deram positivo, contra apenas 0,005% dos testados no futebol Alemão.
Será mesmo que é a hora de se discutir a volta do futebol no Brasil?