Esta semana saiu uma matéria na TV falando sobre a proibição do uso de bisfenol A (BPA) nas mamadeiras e bicos no Brasil a partir de novembro de 2015, precaução tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já que os estudos indicam risco de câncer e alterações hormonais nas crianças (e em adultos também). Nos EUA já não existem mamadeiras com BPA há alguns anos, e esta é uma tendência mundial.
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O Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) se pronunciou falando que só terão análises para verificação da norma a partir da data prevista. O que me chamou a atenção foi que até a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) disse que há três anos o BPA já começou a ser excluído da fabricação de alguns itens, mas por iniciativa da própria indústria.
Bom, há alguns meses escrevi sobre o que é o bisfenol e os produtos onde o encontramos, especialmente em materiais de plástico, muito usados no dia a dia para armazenar alimentos. Quando os produtos são submetidos ao calor, principalmente em um meio que tenha gordura, o BPA pode ser transferido para o alimento.
Imaginem o aquecimento das mamadeiras com leite, um alimento que naturalmente tem um teor de gordura considerável. Lembrando que o BPA é um disruptor metabólico, e que principalmente as crianças têm maior dificuldade para limpar o organismo dessa substância tóxica! Um perigo, sem dúvida.
Mesmo que de forma lenta (em minha opinião), estamos vendo a mudança acontecer. E mesmo que demore a chegar essa exigência para os brinquedos, foi bom saber que alguns fabricantes estão se antecipando e mostrando preocupação com seu público-alvo, as crianças.