Novos e velhos grupos políticos se articulam para lançar candidatos à vaga de Rollemberg
2018 é logo ali. No Distrito Federal, por não haver eleições municipais, como no restante do país, os políticos já miram as próximas eleições majoritárias para traçar planos e montar coligações. Com a promulgação, na quinta-feira (18), da Proposta de Emenda à Constituição que abre uma janela de 30 dias para os políticos trocarem de partido sem perder seus mandatos, as especulações em torno das possíveis chapas para 2018 cresceram substancialmente.
O PDT perdeu, em menos de uma semana, três dos seus principais nomes (leia matéria nas páginas 4 e 5), mas já se movimenta para levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. O objetivo do senador Cristovam Buarque, ao migrar para o PPS, é ser candidato à presidência da República. Em Brasília, cresceu a necessidade de o possível candidato do PPS ao Planalto ter um correligionário concorrendo ao GDF. Celina Leão, nos bastidores, é a mais cotada, embora publicamente afirme que disputará uma vaga de deputada federal. A presidente da CLDF herda votos de Roriz e tem o aval do senador Reguffe, que teve 826 mil votos em 2014 e optou por ficar sem partido por pelo menos um ano.
Em Brasília, a Rede, de Marina, está reforçada pelos distritais Chico Leite e Cláudio Abrantes, ex-petistas. O primeiro trabalha para alçar voos mais altos em 2018 – concorrendo ao governo ou ao Senado. O PDT, que já anunciou Ciro Gomes como candidato a presidente, também pretende formar palanque no DF. O nome do partido para a disputa seria o do secretário do Trabalho, Joe Valle, que está no segundo mandato de distrital.
O PSD do deputado federal Rogério Rosso e do vice-governador Renato Santana tenta se fortalecer e fez convites a vários parlamentares. A maior possibilidade é atrair o distrital Cristiano Araújo, do PTB. A meta é montar um time para eleger Rosso para o Senado e Santana e Karina Rosso (esposa de Rogério) para as Câmaras Legislativa e Federal. O maior sonho de consumo é o atual presidente do Tribunal de Contas, Renato Rainha, que seria o nome do partido para o Buriti.
Tradicionais
No bloco dos velhos conhecidos na disputa pelo governo, Arruda, Roriz, Luiz Estevão e Gim Argello estão todos com problemas com a Justiça. Mas devem se unir novamente em torno de um nome. Disputam esse espaço os deputados federais Izalci Lucas (PSDB) e Alberto Fraga (DEM). Este deve mudar de partido.
Pela esquerda, o PT, que sequer conseguiu levar Agnelo Queiroz para o segundo turno em 2014, ainda está indefinido. Mas o deputado distrital Chico Vigilante garante que o partido terá candidato ao Buriti. Geraldo Magela segue alimentando o sonho de ser governador, mas, internamente, quem tem mais chances de ser indicada para a disputa é a deputada federal Érika Kokay.