Não há ainda o que prometer. Mas há muitas escolhas para ofertar. Há uma única porta com acesso direto a um coração de ilusões estreitas, mas de vontades corajosas. Um coração que sabe o quanto doeu, mas que não perde a oportunidade de se entregar.
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Ainda não há o que mensurar. As emoções fogem dos cálculos previstos, das métricas descritas em versos que ainda não devo usar. Nada ainda nos prende, mas você me segura. Nada nos guia, mas você me acompanha. Somos uma mistura de nós, mas ainda não somos um par.
Ainda não há o que questionar, ainda não há conclusões. Somos espaços meio preenchidos, ainda estamos em erupção. Não somos perguntas, não somos respostas. Ainda somos exclamações. Não há ainda mesa posta para o jantar, somos a primeira refeição.
Não há ainda o que convencer, mas há o que enxergar. Somos vontade de ir, mas somos conforto de ficar. Não há destino se cumprindo. As estradas ainda são contínuas. Somos ainda um pontilhado cujo contorno começa a se tracejar.
Ainda não há amor. Mas há alegria de chegar. Há divisão de permissivos. Horas despendidas. Guardas que começam a se baixar. Ainda não somos responsáveis. Mas já há culpa recíproca. Há endereço de onde se cobrar.
Amor é um voo livre, sem aula prévia de paraquedismo. Somos ainda a beira do precipício. Ainda não pulamos. Mas estamos deixando o coração ao ponto de despencar.
Ainda não há nenhum nó. Mas já há um pedaço de nós. Ainda não somos remetentes, mas já somos destinatários. Ainda é pouco, mas é o suficiente. É entrada, o convite, o aceite. A ponte que nos leva para tudo que possa chegar.
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Maldade sua é não saber partir