O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi indicado ao Oscar 2025 nas categorias Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. A atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, vai concorrer ao prêmio de Melhor Atriz, ao lado de Cynthia Erivo, Karla Sofía Gascón, Mikey Madison e Demi Moore.
O longa dirigido por Walter Salles concorre, na categoria Melhor Filme, com ‘Anora’, ‘O Brutalista’, ‘Um Completo Desconhecido’, ‘Conclave’, ‘Duna: Parte 2’, ‘Emilia Pérez’, ‘Nickel Boys’, ‘A Substância’ e ‘Wicked’.
Na categoria Melhor Filme Estrangeiro, a produção brasileira disputa a premiação com ‘A Garota da Agulha’ (Dinamarca), ‘Emilia Pérez’ (França), ‘A Semente do Fruto Sagrado’ (Alemanha) e ‘Flow’ (Letônia).
A cerimônia do Oscar 2025 está marcada para 2 de março, no Dolby Theatre, em Hollywood, nos Estados Unidos. O evento será exibido no Brasil a partir das 21h pelo canal fechado TNT e pelo serviço de streaming Max.
“Estado de graça” – Há 25 anos, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, disputou a mesma categoria para a qual a filha foi indicada ao Oscar 2025, após atuação memorável em ‘Central do Brasil’, de 1998. Ela não venceu, mas a produção ganhou o Globo de Ouro na categoria Melhor Filme Estrangeiro. Hoje, aos 95 anos, ela escreveu uma mensagem emocionada nas redes sociais.
“Eu, Fernanda Montenegro, e Fernando Torres — onde quer que ele esteja — estamos felizes e realizados, em estado de aleluia pelas indicações de Fernanda Torres e Walter Salles ao importante prêmio do Oscar. Um ganho cultural para o Brasil. Meu coração de mãe está em estado de Graça”.
O presidente Lula também vibrou. “A turma de ‘Ainda Estou Aqui’ já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz e, olha, Melhor Filme. Quanto orgulho”, publicou no X, antigo Twitter.
Trama
‘Ainda Estou Aqui’ é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre a mãe, Eunice Paiva. A advogada era casada com o ex-deputado federal Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar nos anos 1970 e se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento do marido.
A atuação rendeu a Fernanda Torres, no início do mês, o Globo de Ouro de melhor atriz de drama. Esta foi a primeira vez que a premiação foi entregue a uma brasileira. Agora, a missão dela é repetir o feito e conquistar a estatueta mais desejada do mundo.