Em Miami, onde está matriculado num curso de inglês, com aulas de manhã e à tarde, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) tem acompanhado as notícias sobre a crise financeira, a 6 mil quilômetros de distância. O petista só deve voltar a Brasília no segundo semestre, com a mulher, Ilza Queiroz. Até agosto, ele está de licença da Secretaria de Saúde.
O cidadão quer saber quem está com a razão. O atual governo pinta uma crise sem precedentes, mas o PT diz que não é bem assim…
Há uma tentativa de desconstrução do meu governo. São mentiras repetidas à exaustão, que criam uma nuvem de fumaça e acabam confundindo o cidadão. Deixei dinheiro em caixa. Não tem rombo. O próprio balanço divulgado neste ano mostrou isso. Não é verdade que só havia R$ 65 mil na conta do GDF. Isso é mentira. Há uma crise nacional e em vários estados. Não é só problema do DF.
O senhor foi deputado, ministro do Esporte, quase se elegeu senador, foi governador. Como se sente ao ver as críticas ferozes dos cidadãos de Brasília, com uma rejeição tão alta?
Claro que me chateia. Uma mentira dita várias vezes acaba confundindo as pessoas. Se eu tivesse sido reeleito, a situação seria diferente. O atual governo não tem competência para dialogar. Não havia necessidade de parcelar salários.
A Justiça bloqueou os seus bens por irregularidades no contrato para a realização da Fórmula Indy. Apontou falhas graves…
O juiz que tomou a decisão (Álvaro Ciarlini) é muito sério. Tenho certeza de que, ao analisar todos os fatos, ele vai reconsiderar essa decisão. A corrida era muito importante para colocar Brasília no circuito mundial de eventos, como a Copa do Mundo. Como eu poderia ter uma punição como essa?