O prezado leitor deste cantinho de página deve estar lembrado sobre o conteúdo de crônica recente, quando fiz um comentário sobre o excesso de Majestades nesta republiqueta subdesenvolvida: dezenas de reis coroados pela mídia leviana. Nesse rol que cada vez aumenta mais (igual ao cordão dos puxa-sacos), só reconheço o Rei Momo, que comanda a alegria no curto reinado de três dias em cada ano, ocasião em que esbeltas mulatas proporcionam um show visual nas passarelas de asfalto, exibindo coxas e bundas rotundas, inclusive aqui em Brasília, no improvisado sambódromo da Ceilândia.
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Na crônica Muito Obrigado Amigos, rabiscada no leito de um hospital, quando fui atacado por uma pneumonia dupla, agravada por uma infecção no fígado, estive na iminência (inexorável) de realizar (a contragosto) a travessia do rio Jordão. Mas consegui vencer a batalha contra a Senhora da Foice, graças à ajuda essencial de uma jovem médica e o apoio in loco de minha mulher Lêda Maria (que ficou sete noites sem dormir), complementado pelas orações de familiares e amigos. Resumindo: escapei do pior. Mas o Orlando Pontes quase me matou do coração, ao escrever o carinhoso texto “Sai dessa, Fernando!”, e ainda por cima colocando na minha cabeça a coroa de rei.
Sem essa, querido colega e Amigo!
Se alguém pode ser chamado de rei, esse alguém é você. E eis os argumentos: tal qual aquele cadete militar chamado Napoleão Bonaparte, que se tornou Imperador da França por méritos próprios, você começou do zero como office boy e depois passou a teletipista do Correio Braziliense, se bacharelou em Pedagogia e Jornalismo no CEUB, sendo então promovido a repórter. E há cinco anos fundou e edita brilhantemente o Brasilia Capital, juntamente com seus filhos Gabriel e Júlio. Além do que, ao contrário de alguns donos de jornais, você não vendeu a alma ao diabo.
A propósito, depois de ter trabalhado em tradicionais semanários como as revistas MANCHETE e O CRUZEIRO; e célebres matutinos, como Última Hora e Jornal do Brasi l(lamentavelmente, todos mortos e sepultados); além do já citado Correio Braziliense (felizmente, ainda vivo) -, declaro aqui para a posteridade: sinto-me honrado em fazer parte da equipe doBrasília Capital, do qual você é o nosso rei absoluto!
E que esta proclamação fique registrada em Cartório.
Voltei, sim… Mas, afinal, que rei sou eu?
Muito obrigado, Amigos!
Onde ninguém dá bom-dia a ninguém