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Em coletiva de imprensa na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, rechaçou mudanças na legislação sobre a demarcação de terras indígenas, e disse também que buscará “diálogo” com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) caso eleito. Aécio se disse contrário à PEC 215 de 2000, que transfere a demarcação de terras indígenas do Executivo para o Congresso Nacional. “Essa PEC só avançou por causa da inércia do governo em dirimir os conflitos. Já existe uma súmula do STF que estabelece os parâmetros para que uma área seja considerada indígena. O que eu pretendo é que sequer há necessidade dessa mudança na legislação, uma vez que se consiga garantir paz no campo”, disse Aécio. “Sou a favor é que se cumpra a lei que existe hoje”, completou.
Aécio também aproveitou para tecer críticas à política de reforma agrária do governo Dilma, e disse que manterá o diálogo com movimentos sociais do campo, como o MST. “O nosso será um governo cumpridor da lei, mas sempre aberto ao diálogo”, disse. “Ao longo dos últimos três governo nós tivemos entregues à reforma agrária 72 milhões de hectares. Dos últimos três governos, o da atual presidente é o que menos fez pela reforma agrária. Desses 72, só 2,5 milhões foram distribuídos por Dilma”, criticou. “O que nós precisamos é ter uma visão mais ampla, requalificando esses produtores, garantindo acesso a tecnologia, apoio á comercialização dos produtos”, defendeu Aécio.