O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, revelou no podcast Confraria do Brito – onde estava sendo debatida a decisão de Dias Toffoli de anular todas as condenações da Lava-Jato, obtidas com provas ilegais –, que durante a Lava-Jato um de seus clientes, senador da República, o procurou e disse que teria recebido orientação de dentro do Ministério Público para mudar de advogado, se quisesse ter direito a fazer delação premiada.
Kakay disse que não denunciou porque seria uma traição ao seu cliente. E o cliente não denunciou porque quando uma pessoa está sendo processada criminalmente, o que ela quer é a liberdade. Mas, segundo o advogado, no momento em que foram constatadas as irregularidades promovidas por Moro e Deltan Dallagnol, os dois deveriam ter sido processados criminalmente.
Coisas que eu não faço… – Kakay falou para o cliente: “Por mim está tudo certo. Porque o advogado que está sendo indicado faz coisas que eu não faço, e não vou fazer nunca em nenhuma situação”. E defendeu a decisão de Toffoli: “Foi acertadíssima e extremamente técnica. “Se aceitarmos o contrário, estaremos vivendo na barbárie”.
Perguntado se defenderia Bolsonaro em algum de seus processos o criminalista respondeu: “Nunca! E falei isso a ele, na frente dele. Ele me perguntou por que? É melhor o senhor não saber, respondi”. O Ariano Suassuna sempre falou que falar mal de uma pessoa na frente dela é falta de educação! (risos).