A fama de que as administrações regionais só funcionam como cabides de emprego perpetua-se governo após governo. Durante a campanha, o governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) se comprometeu a dar maior autonomia aos administradores e democratizar o processo de escolhas desses colaboradores. Com isso, espera agilizar a resolução dos problemas dos moradores das cidades do DF.
Em Taguatinga, além de problemas corriqueiros, como manter as ruas limpas, capinar o mato, tapar buracos nas pistas, fazer a manutenção das praças, buscar soluções para o caos no trânsito e para as delegacias fechadas, os últimos titulares da regional, incluindo a atual administradora Karolyne Guimarães, conviveram com a falta de autonomia e de dinheiro para investimentos.
Pelo Portal da Transparência do DF, este ano a RA se limitou a pagar os gastos com servidores (salários, impostos e direitos trabalhistas). Até o dia 7 de dezembro, a cidade recebeu aproximadamente R$ 13.685.691,21, e gastou com quase 90% do valor para quitar os proventos dos servidores.
Os 10% restantes, segundo o Portal da Transparência, foram gastos em diversas despesas na própria administração. Não foi constatado nenhum investimento em infraestrutura da cidade com recurso provenientes da administração. Contudo, aparecem gastos com a Fundação Nacional do Preso (FUNAP), multas de trânsito e do Corpo de Bombeiros, compra de água mineral e do tradicional cafezinho.
Numa comparação com um pequeno município de Mato Grosso, enquanto os governantes de Brasília não investiram quase nada nos últimos quatro anos na educação em Taguatinga, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde aplicou R$ 153 milhões nos últimos 8 anos.
Foram construídas seis novas escolas, três creches, três piscinas olímpicas, quatro ginásios de esportes, 97% dos equipamentos renovados e com tecnologia de ponta, 23 ônibus escolares renovados, padaria escolar reconstruída. Os professores do município ganham o maior piso salarial do País, e Lucas do Rio Verde ganhou o prêmio de campeão em merenda escolar por seis anos consecutivos.
Confira o quadro do Portal da Transparência