A Câmara Legislativa do Distrito Federal adiou pela segunda vez a decisão sobre o futuro de Sandra Faraj (SD) na Casa, que responde a processo por quebra de decoro parlamentar envolvendo o uso da verba indenizatória.
Segundo a Mesa Diretora, o entendimento é de que existe suspeita de que uma das notas fiscais apresentada pela defesa e emitida pela empresa de publicidade Netpub é falsa porque não tem registro na Receita Federal. Por isso, foi dado mais prazo para a defesa da distrital se pronunciar.
Sobre o assunto, a direção da Câmara decidiu convocar uma reunião interna nesta quarta-feira (22) às 9h. A cúpula da Casa pretende definir se mantém o processo em curso, enviando para a Corregedoria, ou se arquivam o pedido de abertura de processo contra a parlamentar.
\”Estamos tomando uma decisão técnica e política por isso estamos tomando todos os cuidados necessários para que não haja retrocessos nesse processo, como alguma nulidade que leve ao arquivamento\”, afirmou o presidente Joe Valle (PDT).
O deputado Robério Negreiros (PSDB) adiantou o voto, pelo encaminhamento da abertura do processo. No entanto, disse concordar com a decisão da Mesa de oferecer mais prazo para defesa diante da informação da nota fiscal não registrada.
A Mesa Diretora da Câmara analisa o pedido da ONG Adote um Distrital, do dia 24 de fevereiro, decorrente da denúncia do empresário Filipe Nogueira. Ele trabalhou no gabinete da parlamentar e ao mesmo tempo a empresa de sua mulher, a NetPub, prestou serviços para Sandra Faraj. Segundo o empresário, os serviços não foram remunerados, mesmo tendo a deputada recebido verba indenizatória para isso.
Uma definição sobre o caso estava prevista para sair em 13 de março, mas foi adiada uma primeira vez. Na ocasião, o vice-presidente da Câmara, Wellington Luz (PMDB), disse que a decisão era sábia. \”Eu acho prudente para que se possa fazer Justiça, que tenhamos um tempo maior para análise dos documentos\”, disse então.
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