Não aparecem em números significativos, mas são um pequeno sinal de que algumas pessoas – pouquíssimas, dentro do universo paralelo – pensam, com a convicção dos mensageiros, em trocar a conversa fiada cheia de cancelamentos pela conversa fiada que se prolonga para além de suas inabaláveis convicções.
Fosse evento de chamar a atenção da mídia tradicional, e já estaria sendo abordado. Mas por que a mídia iria se preocupar com o massacre diário que recebemos – pró ou contra qualquer coisa, mas sempre pró ou contra, e de forma avassaladora?
Um sessentão resumiu bem: passou dois meses sem abrir nada em seu computador, exceto o que dissesse respeito a seus amigos e sua família.
Usou a maquininha como os correios antigos, local onde se perguntava como vai fulano, sicrana – e não as manifestações a favor ou contra as guerras, a miséria, que transformaram o que já foi social em antissocial.
Bom. Mas dizem que toda mudança começa em pequenos grupos, até se alastrar de vez.