A Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal) liberou mais de R$ 39,5 milhões da tarifa de contingência para a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal). A Agência, no entanto não autorizou a captação de água do volume morto da Barragem do Descoberto. O uso da reserva de água mais profunda das represas, que fica abaixo dos canos de captação que normalmente são usados, é a alternativa usada quando o volume do reservatório atinge o mínimo.
Segundo os técnicos da Adasa, a curva de acompanhamento do volume útil do Descoberto indica que o pior momento do reservatório será em outubro, quando chegará aos 9%. Até lá, prevê a Adasa, as obras de captação emergencial do Lago do Paranoá e do Bananal já devem estar concluídas, o que descartaria a necessidade de usar o volume morto do Descoberto.
A Caesb havia solicitado R$ 47,9 milhões para custos de investimentos adicionais para aumento da capacidade de produção de água e interligação de sistemas. No pedido, a companhia propõe a implantação do Subsistema Lago Norte, interligação do Sistema Torto/Santa Maria ao Descoberto, captação do volume morto na Barragem do Descoberto e implantação do Subsistema Gama.
A Adasa liberou R$ 38.687.500, sendo R$ 30.950.000 referentes aos custos de capital apresentados e R$ 7.737.500 referente à reserva adicional de 25% para garantir a conclusão dos investimentos, conforme a Resolução 6/2017, que define os procedimentos operacionais para acesso aos recursos oriundos da cobrança.
A tarifa de contingência foi implementada em outubro do ano passado, sobretaxando em até 40% os brasilienses, com o objetivo de reduzir o consumo. Após decisões judiciais, a Adasa suspendeu a taxa em junho.
Em nota, a Caesb informou que “acata a decisão da reguladora e vai manter o planejamento para a realização das obras dos novos sistemas de captação de água”.