A jovem de 16 anos que teve imagens publicadas nas redes sociais por dois homens que diziam que ela tinha acabado de ser estuprada foi submetida a exames médicos na manhã desta quinta-feira, 26. \”Acordei com 33 caras em cima de mim. Só quero ir para a casa\”, disse a menina, no hospital, de acordo com o jornal O Globo.
De acordo com o pai dela, muito abalado, a agressão ocorreu no Morro São João, em Praça Seca, Rio de Janeiro: \”Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar\”.
Segundo a avó da moça, em entrevista à rádio CBN, a vítima foi encontrada por um agente comunitário, na zona oeste da cidade, e levada para a casa da família. A avó disse ter ficado chocada com o vídeo, em que um dos homens afirma que a jovem pode ter sido estuprada por mais de trinta criminosos. \”Essa aqui, mais de 30, engravidou\”, diz um homem não identificado.
\”O vídeo é chocante, eu assisti, ela está completamente desligada\”, afirmou a avó. Ela disse que a neta tem o hábito de frequentar comunidades e passar alguns dias sem dar notícias, desde os 13 anos. A família, no entanto, nunca teve notícias de que a moça sofresse abusos. A vítima é mãe de um menino de três anos.
A suspeita de estupro coletivo é investigada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). A jovem já foi ouvida e as investigações estão sob sigilo. Segundo informações do portal G1, dois homens que publicaram imagens da moça desacordada e nua foram identificados. Um mora em Santa Cruz e outro na Cidade de Deus, na zona oeste. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
A publicação e o compartilhamento de imagens da jovem violentada causou revolta nas redes sociais. Internautas pediram que as imagens não sejam compartilhadas.