Menos de um mês após o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, promover um encontro entre representantes de oito partidos de esquerda em busca de uma unidade em torno de uma candidatura ao GDF em 2026, na segunda-feira (20) seu correligionário Geraldo Magela (PT) lançou-se pré-candidato ao Buriti, em entrevista a um programa de TV.
Frente – No dia 2 de outubro, ao lado de aliados do PV, PSB, PDT, Rede, PSol, PCdoB e Cidadania, Padilha articulava uma frente para enfrentar a direita, liderada pelo governador Ibaneis Rocha, mas que pode sair rachada pelas candidaturas da vice-governadora Celina Leão (PP), da senadora Damares Alves (Republicanos) e do senador Izalci Lucas (PL).
Racha – Mas a possível unidade da esquerda durou pouco. Ao se apresentar como postulante ao cargo, Magela disparou o processo no PSB. Já na terça-feira (21), o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, anunciou o nome de Ricardo Cappelli como pré-candidato, mesmo “ressaltando a importância de fortalecer alianças e consolidar um projeto sólido para o futuro do DF”.
Interventor – “As qualidades de Cappelli reforçam sua habilidade de lidar com desafios complexos e sua visão de desenvolvimento a longo prazo. Sua experiência como interventor federal na segurança pública do DF após os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro, aliada à sua vasta atuação em gestão pública, o prepara para assumir responsabilidades ainda maiores”, afirmou.
Currículo – Siqueira aproveitou para apresentar o currículo do correligionário: foi ministro interino do GSI, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e secretário de várias pastas no governo do Maranhão na gestão de Flávio Dino. Atualmente, é presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Brios – A iniciativa de Magela também mexeu com os brios de outros aliados. O deputado federal Reginaldo Veras (PV) defende o nome de Leandro Grass, seu colega de partido, atualmente presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e que quase foi ao segundo turno contra Ibaneis em 2022.
A senadora Leila Barros (PDT), embora pense em tentar a reeleição, não descarta concorrer ao Executivo. Já no Cidadania, o ex-governador Cristovam Buarque sonha voltar a ocupar a cadeira que foi sua de 1995 a 1998.