Em entrevista à GloboNews na tarde desta segunda-feira (12), o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos-RJ), chamou Luciano Bivar e Antonio Rueda, caciques do União Brasil, de “golpistas” e “covardes”. A declaração foi dada quando ele foi perguntado sobre uma possível troca no ministério do Turismo, comandado por sua esposa Daniela Carneiro.
“A saída ou a permanência dela não pode se gerar em cima dessa questão de que ela não é do União Brasil. Ela é do União Brasil, ela é filiada e ficará até a janela de 2026. A judicialização por justa causa aconteceu devido ao ataque covarde do presidente Bivar e do vice-presidente Rueda. Eles acham que o União deve ser um partido cartorário, tudo deles é fazer negócio com o partido. A gente não faz negócio com o partido, a gente faz política”, criticou.
Sobre a possibilidade do deputado federal Celso Sabino (União-PA) assumir o Ministério do Turismo em troca do União Brasil entregar votos ao governo Lula no Congresso Nacional, Waguinho falou em “cheque sem fundo”.
“Isso não é nada mais, nada menos que um golpe do Bivar e do Rueda. É uma retaliação, eles querem impregnar o governo Lula de bolsonaristas. Na verdade, Bivar e Rueda não têm poder de entregar voto nenhum, isso é uma grande mentira. Pode estar o Celso Sabino lá, vai entregar voto como? Na verdade, o Bivar quer continuar retaliando o governo, junto com o Rueda, e está dando cheque sem fundo para o governo Lula”, comparou.
O prefeito de Belford Roxo acrescentou ainda que sua saída do União Brasil foi motivada pela interferência da executiva nacional no diretório estadual.
“Eu fui o primeiro a dizer para o Rueda, quando ele fez acordo com o governador do Rio de Janeiro – e pegou toda a estrutura do Detran, também a Previdência e outras diretorias na Assembleia Legislativa do Rio: ‘Não vou participar disso, isso não me interessa. Não quero interferência política no partido, quem vai escolher os candidatos que vão disputar as eleições de 2024 é o diretório estadual’. Aí ele disse: ‘Não é possível fazer isso. Toda indicação para que seja feita a homologação dos municípios precisa mandar tudo aqui para o [diretório] nacional e nós é que vamos decidir quem é que vai ficar’. Chegou um momento que não teve mais jeito, tive que me retirar”, completou Waguinho.